Maior produtora mundial de proteína animal, a JBS, do grupo J&F, está investindo pesado diariamente na tecnologia de blockchain (ferramenta virtual de transparência e compartilhamento de dados de determinado setor) no alinhamento com seus fornecedores de carne bovina. O detalhamento foi dado nesta sexta pela diretora de Sustentabilidade da empresa, Liege Correia.

O grupo está interessado desde a origem, não só na carne, destacou a executiva para uma plateia de investidores e gestores públicos no 2º fórum Esfera Brasil, no Guarujá (SP). “Olhar para a cadeia totalmente rastreada é olhar para o produtor e ajudá-lo na preservação (do meio ambiente)”, comentou Liege.

A JBS, destacou a executiva, criou desde 2021 os chamados “escritórios verdes” em cidades do interior onde há os maiores fornecedores de carne para o grupo. Já são 19 nessa interface de ações alinhadas à produção sustentável sem desmate, uma exigência da empresa com todos os parceiros.

“O desmatamento vem antes do (gás) metano. A descarbonização vem antes do desmatamento. E o Brasil é um dos poucos países capazes de atingir essa meta até 2050”, lembrou a executiva da JBS. A empresa foi além, tem uma meta anunciada de zerar suas emissões das atividades até 2040. Isso passa, segundo ela, em suma por gerar práticas de manejo sustentável aliadas ao retorno financeiro para os produtores.

O Esfera Brasil, um think tank criado pelo empresário João Camargo, reúne até amanhã no Guarujá (SP) um seleto grupo de grandes empresários e investidores do País, e gestores públicos, para debater infraestrutura e outros setores.