Destino de milhares de turistas brasileiros todos os anos, Portugal está na moda também na música, e Elisa Rodrigues não brilha sozinha nessa cena, uma das mais sofisticadas e inventivas atualmente na Europa. A nova geração não renega o fado, o gênero tradicional considerado a alma portuguesa, porém escolheu o jazz e seus derivados como sua principal forma de expressão.

“Bem, posso dizer com orgulho que Portugal é um país com muito talento em várias áreas e que a música não é exceção. A cena musical portuguesa está de boa saúde e constato que cada vez mais, aliada ao talento, os músicos têm muita formação o que está a subir o nível cada vez mais”, disse Elisa ao jornal O Estado de S. Paulo.

Este mais recente disco de Elisa, As Blues as Red, tem produção da cantora e compositora Luísa Sobral, premiada nos Estados Unidos e uma das mais importantes vozes desta atual geração. Assim como Elisa, ela também canta e compõe e inglês.

No novo álbum, Luísa divide com Elisa a faixa Justine e toca guitarra acústica em Pontinho, singela canção de autoria da própria Luísa. Ao jornal português Diário de Notícias, Elisa definiu assim a parceria: “Estamos bastante alinhadas, Normalmente uma diz ‘mata!’ e a outra diz ‘esfola'”.

Os músicos que acompanham Elisa no álbum são do primeiro time do jazz português. Luís Figueiredo (hammond e piano), Antonio Quintino (contrabaixo), Carlos Miguel (bateria e percussão), Mário Delgado (guitarra elétrica e acústica). “No caso deste disco tive o privilégio de contar com nomes maduros e consagrados. Não podia estar mais feliz”, disse ela. No primeiro álbum, Heart Mouth Dialogues, Elisa contou com a parceria de Júlio Resende, talvez o mais prestigiado pianista de jazz da nova geração portuguesa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.