O mundo esportivo está impactado diante da luta contra a discriminação racial nos Estados Unidos. Diversos jogadores da NBA se manifestaram após a morte de George Floyd por um policial branco em Minneapolis. LeBron James, Dennis Smith Jr, Malcolm Brogdon são alguns deles, mas Jaylen Brown, do Boston Celtics, é talvez quem mais se destacou na linha de frente nos protestos.

O ala dirigiu por 15 horas, de Boston até Atlanta, para liderar uma manifestação pacífica que clama por justiça no caso, além de se posicionar contra abuso de autoridade e assassinato por racismo por parte do policial. Em seu Twitter, Brown ainda protestou contra a prisão de três pessoas durante o ato.

“Três pessoas foram erroneamente presas hoje, este foi um protesto pacífico”, publicou o jogador dos Celtics, que ainda se propôs a ajudá-las. “Me enviem suas informações ou nomes se você conhece as pessoas que foram presas.”

Em seu Instagram, o jogador criticou a ação policial durante as manifestações. “A polícia usou táticas para tentar intimidar nosso grupo, nós não fizemos nada de tumulto ou perturbação pública… Por que três pessoas foram apreendidas? Nós temos direito a manifestar a nossa dor e vocês não têm o direito a calar ou controlar isso! Quando não é pacífico é um problema e quando é pacífico é um problema! Você espera que as pessoas não façam nada?”, questionou.

Brown transmitiu ao vivo boa parte dos atos em sua rede social, além de publicar outros discursos, como o do colega da NBA Malcolm Brogdon, do Indiana Pacers. O protesto aconteceu perto de sua cidade natal Marietta, no estado da Geórgia.

“Sendo uma celebridade, sendo um jogador da NBA, não me exclui de conversa nenhuma. Primeiramente e mais importante, eu sou um homem negro e membro desta comunidade… Estamos conscientizando algumas das injustiças que estamos vendo. Não está bem”, disse.

Jaylen Brown é vice-presidente da Associação Nacional de Jogadores de Basquete e marchou segurando um megafone e uma placa com a frase “Não consigo respirar”, fazendo referência a Floyd. O homem morreu depois que Derek Chauvin, policial branco, ajoelhou sobre seu pescoço por diversos minutos. O assassinato desencadeou uma série de manifestações por todo os Estados Unidos.