O presidente argentino Javier Milei expôs em entrevista que a vice-presidente Victoria Villarruel não tem participação efetiva nas decisões do governo e não participa das reuniões de gabinete. 

Em entrevista ao jornal La Nacion, Milei afirmou que Villarruel é “próxima do circuito vermelho”, se referindo a esquerda, e da classe política do país. Ele também afirmou que a relação dos dois é “puramente institucional”. 

Desde a campanha eleitoral, a irmã de Milei, Karina, é tida como a principal conselheira do presidente argentino. Ele ocupa formalmente o cargo de secretária de governo. 

No sistema político da Argentina, o vice-presidente também acumula o cargo de presidente do senado e é o principal nome de articulação do governo na casa. 

Filha de militares 

Apesar da acusação de proximidade com a esquerda, Vilarruel se trata de uma negacionista da ditadura militar argentina, que aconteceu entre 1976 e 1983. Filha do tenente-coronel do Exército Eduardo Villarruel, ela defende que o período se tratou de uma guerra contra o comunismo no país, fato que é negado por vários historiadores do período. 

Vice defendeu jogadores envolvidos em polêmica

Em outra ocasião, a vice-presidente defendeu os jogadores argentinos após cantarem músicas racistas contra jogadores da França depois da conquista da Copa América de futebol em 2024. 

As músicas faziam menções às origens africanas de alguns jogadores franceses e insultava o atacante Kilian Mbappe de forma homofóbica. 

“Nenhum país colonialista nos vai intimidar por uma canção ou por dizermos verdades que não querem admitir. Parem de fingir indignação, hipócritas”, afirmou em sua conta no X.