Acompanhe em tempo real os últimos acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas.Um novo capítulo sem precedentes do conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas foi iniciado em 7 de outubro, quando terroristas do braço militar do movimento palestino perpetraram ataques e atrocidades contra a população israelense, massacrando mais de 1.400 pessoas e sequestrando mais de uma centena.
Em resposta à ofensiva do Hamas, Israel declarou guerra ao grupo no dia seguinte: intensos e incessantes bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, já mataram 3.785 pessoas, a maioria civis, sendo mais de 1.500 crianças e mais de 1.000 mulheres, segundo autoridades locais.
Até a entrada dos primeiros caminhões com ajuda humanitária pela passagem de fronteira com o Egito, forças israelenses implementaram um "cerco total" ao enclave palestino, gerando escassez de água, comida, energia e combustível. A medida e os bombardeios israelenses levaram a uma "catástrofe humanitária sem precedentes" em Gaza, segundo descreveu a ONU.
Acompanhe os principais acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas:
Ajuda humanitária entra em Gaza através do Egito
ONU pede acesso irrestrito de ajuda humanitária à Faixa de Gaza
Manifestação pró-Palestina em Londres reúne 100 mil pessoas
Israel vai reforçar ataques em Gaza, diz porta-voz militar
Jatos israelenses bombardeiam Cisjordânia
Jatos israelenses bombardeiam Cisjordânia
Aviões israelenses atingiram o campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, na manhã deste domingo (22/10), matando dois palestinos e ferindo vários outros, disseram médicos palestinos.
O ataque atingiu a mesquita al-Ansar, no campo de refugiados de Jenin, um reduto militante palestino no território. Jenin foi foco de grandes operações militares israelenses no início deste ano.
Segundo Israel, "agentes terroristas" do Hamas e da Jihad Islâmica que planejavam ataques foram mortos no ataque aéreo.
Os militares israelenses disseram que a mesquita de al-Ansar "era usada pelos terroristas como centro de comando para planejar os ataques e como base para sua execução".
A violência na Cisjordânia aumentou desde que homens armados do Hamas realizaram ataques terroristas contra Israel, em 7 de outubro. Desde então, Israel tem realizado ataques aéreos de retaliação contra o Hamas em Gaza.
Mais cedo, os militares de Israel afirmaram que o país planeja intensificar os seus ataques aéreos como preparação para a próxima fase da sua ofensiva contra o Hamas.
md (DPA, AP, AFP, EFE)
Hamas acusa Israel de rejeitar libertação de reféns
Um porta-voz do braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassem, disse que o grupo islamista propôs libertar dois reféns israelenses por "razões humanitárias", mas acusou Israel de rejeitar a iniciativa.
O Hamas diz ter informado os mediadores do Catar a respeito da proposta que teria sido apresentada nesta sexta-feira, no mesmo dia em que os islamistas libertaram duas reféns americanas em Gaza.
O gabinete do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu dizendo em comunicado que continuará a ignorar "propagandas falsas do Hamas".
"Continuaremos a agir de todas as maneiras para reaver todos os sequestrados e desaparecidos", conclui a nota.
rc (AFP)
Israel vai reforçar ataques em Gaza nas próximas horas, diz porta-voz militar
Israel planeja aumentar os bombardeios na Faixa de Gaza a partir desde sábado, como preparação para o próximo estágio de sua guerra contra o Hamas, afirmou o almirante Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa israelenses.
O porta-voz explicou que, dessa forma, os militares tentar criar as condições ideais antes de uma invasão por terra do território palestino.
"Vamos aprofundar nosso ataques para minimizar os perigos para as nossa forças nos próximos estágios da guerra. Vamos aumentar os ataques a partir de hoje", afirmou.
Hagari voltou a alertar o moradores de Gaza para que se desloquem até o sul do enclave, em nome de sua própria segurança.
ONU pede acesso irrestrito de ajuda humanitária à Faixa de Gaza
As agências da ONU que lidam com questões humanitárias divulgaram neste sábado uma declaração conjunta pedindo o envio contínuo de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, além de um cessar-fogo no território.
"Pedimos um cessar-fogo humanitário, juntamente com o acesso humanitário imediato e irrestrito ao longo de Gaza, para permitir que os agentes possam chegar até os civis em dificuldades, salvar vidas e evitar maior sofrimento humano."
"O fluxo de ajuda humanitária deve ser em grande escala e contínuo, permitido que os cidadãos de Gaza mantenham sua dignidade", diz o texto.
A declaração é assinada pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento (UNPD), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Programa Alimentar da ONU (PAM) e Organização Mundial da Saúde (OMS).
O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que os 20 caminhões que levaram ajuda a Gaza neste sábado são insuficientes para suprir as necessidades das pessoas no enclave, muitas das quais foram obrigadas a abandonar suas casas. "É preciso muito mais", afirmou, durante uma conferência de paz no Egito.
Um porta-voz do Hamas argumentou que nem mesmo dezenas de comboios conseguiriam suprir as necessidades de Gaza, uma vez que não é permitido o envio de combustíveis juntamente com a ajuda humanitária ao enclave.
rc (APF, AP)
Manifestação pró-Palestina em Londres reúne 100 mil pessoas
Em torno de 100 mil pessoas participaram de uma manifestação em prol da Palestina, pedindo um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Os manifestantes se reuniram no Hyde Park antes de marcharem até Whitehall, onde se localiza a sede do governo britânico.
A multidão pediu o fim dos bombardeios israelenses e do bloqueio imposto à população de mais de 2 milhões de pessoas no enclave palestino.
Muitos dos slogans gritados em coro pelos manifestantes eram contra lideranças políticas como o premiê israelense, Benjamin Netanyahu; o presidente americano, Joe Biden; e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.
A Polícia Metropolitana de Londres havia alertado que demonstrações de apoio ao Hamas – grupo islamista banido no país por ser classificado como organização terrorista – seriam punidas com prisão, e que incitações ao ódio não seriam toleradas.
A manifestação, no entanto, transcorreu de maneira pacífica. A polícia registrou apenas alguns casos de perturbação da ordem pública e de discurso de ódio. Foram presas somente duas pessoas, após fogos de artifício serem atirados contra policiais na praça Traffalgar, no centro de Londres.
"A maioria das atividades no protesto ocorreu dentro da lei e sem incidentes", disse a polícia, em nota.
Dados divulgados nesta sexta-feira apontam um aumento nas ofensas antissemitas no Reino Unido de 1.353% neste mês, em comparação cm o mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, as ofensa islamofóbicas aumentaram 140%.
rc (AP, ots)
Fronteira em Rafah é fechada após entrega de ajuda humanitária a Gaza
A passagem de fronteira em Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, foi fechada neste sábado após a permissão para que os primeiros 20 caminhões de ajuda humanitária pudessem entrar no enclave palestino.
Foi a primeira remessa de ajuda desde os ataques terroristas do Hamas a Israel, em 7 de outubro, seguidos de intensos bombardeios israelenses.
Cidadãos palestino-americanos e outros com dupla cidadania se dirigiram à fronteira neste sábado para tentar deixar o enclave, em meio a uma grave escassez de mantimentos, água e medicamentos.
Muitas pessoas com passaportes americanos, canadenses, alemães e britânicos aguardaram em vão durante horas.
Após o fechamento, autoridades dos países envolvidos e organizações humanitárias passaram a negociar uma possível continuação do envio de ajuda à Gaza através da fronteira neste domingo.
rc /AP)
Hamas diz que 4.385 palestinos morreram, Israel contabiliza mais de 1.400 mortos
Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo grupo radical islâmico Hamas, o número de palestinos mortos no enclave aumentou recentemente em mais de 200 vítimas, subindo a 4.385. Estas incluem 1.756 crianças e jovens. Além disso, um total de 13.561 pessoas ficaram feridas.
Os militares israelenses também atualizaram o número de vítimas no país, informando que, como resultado dos ataques dos terroristas do Hamas, mais de 1.400 pessoas foram mortas e mais de 4.600 ficaram feridas, segundo uma publicação na plataforma X (antigo Twitter).
Mais de 200 reféns estão nas mãos do Hamas. O Exército já contabilizou mais de 6.900 foguetes disparados da Faixa de Gaza, mais de 450 dos quais caíram dentro da Faixa de Gaza.
Segundo os militares, dezenas de líderes do Hamas foram eliminados e mais de mil terroristas do Hamas foram "neutralizados", inclusive em território israelense.
md (Reuters, AP, AFP)
Londres pede que entrada de ajuda em Gaza não seja evento "isolado"
O ministro do Exterior britânico, James Cleverly, afirmou neste sábado (21/10) que a abertura da passagem de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza, para permitir a passagem de ajuda humanitária "é uma tábua de salvação para aqueles que sofrem", escreveu na sua na plataforma X (antigo Twitter).
No entanto, afirmou que isto "não pode ser algo isolado" e sublinhou que o seu governo "continua a pressionar pelo acesso humanitário a Gaza".
O diplomata pretende participar do encontro internacional organizado pelo Egito para abordar o conflito entre Israel e o grupo terrorista islâmico Hamas.
md (EFE/DPA/Reuters)
Ajuda humanitária entra em Gaza a partir do Egito
A passagem de fronteira de Rafah, que liga o norte da Península do Sinai à Faixa de Gaza, abriu temporariamente neste sábado (21/10) para permitir a entrada de 20 caminhões levando remessas de ajuda humanitária ao enclave palestino.
Mais de 200 caminhões levando aproximadamente 3 mil toneladas de ajuda humanitária estão estacionados há dias no lado egípcio, perto da passagem, esperando poderem seguir para Gaza.
Após o ataque de 7 de outubro do grupo terrorista Hamas, Israel bloqueou o território e lançou ondas de bombardeios.
Os 2,3 milhões de palestinos de Gaza, metade dos quais fugiram das suas casas, estão racionando comida e bebendo água suja. Hospitais dizem que são ficando sem suprimentos médicos e combustível para geradores de emergência em meio a um apagão de energia em todo o território.
Só 20 caminhões passaram
Segundo informação da mídia egípcia e do Crescente Vermelho egípcio, apenas 20 caminhões cruzaram para Gaza neste sábado, levando sobretudo suprimentos médicos e alimentos.
A passagem – a única para Gaza não controlada por Israel – fechou novamente depois da travessia dos caminhões.
O chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths, disse que o comboio “não deve ser o último” e que a entrega daria início a “um esforço sustentável para fornecer suprimentos essenciais” a Gaza.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou na sexta-feira que a ajuda era “a diferença entre a vida e a morte” para muitos habitantes de Gaza.
"Gota no oceano"
Mas o diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, disse que o acordo do presidente dos EUA, Joe Biden, para uma entrega inicial de 20 caminhões é “uma gota no oceano da necessidade” e que são necessários 2 mil caminhões.
A abertura da fronteira ocorreu depois de mais de uma semana de diplomacia de alto nível com ajuda de vários mediadores, incluindo visitas à região do presidente dos EUA, Joe Biden, e do secretário-geral da ONU, António Guterres.
A passagem de Rafah foi aberta por volta das 10h (horário local), horas depois que o Hamas libertou uma mulher americana e sua filha adolescente, as primeiras reféns a serem libertadas depois do ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro.
O Hamas libertou Judith Raanan e sua filha de 17 anos, Natalie,
na sexta-feira pelo que considerou serem razões humanitárias num acordo com o Catar, uma nação do Golfo Pérsico que muitas vezes serviu como mediadora no Oriente Médio.
md (AFP, AP, Reuters)
Scholz exalta início das entregas de ajuda humanitária a Gaza
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, saudou o início das entregas de ajuda à Faixa de Gaza. "É uma notícia boa e importante que a primeira ajuda humanitária esteja sendo entregue agora às pessoas em Gaza.
Elas precisam de água, alimentos e medicamentos – que serão fornecidos", escreveu Scholz na plataforma X (antigo Twitter), acrescentando que o governo alemão continua utilizando todos os canais para aliviar o sofrimento neste conflito.
md (DPA, AFP)
Secretário de Estado dos EUA confirma libertação das reféns pelo Hamas
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, confirmou a libertação de duas reféns americanas pelo Hamas e disse compartilhar do alívio de seus familiares, mas ressaltou que os terroristas ainda mantém outros cidadãos americanos sob seu poder em Gaza.
"Ainda há 10 outros americanos que continuam desaparecidos em meio a este conflito. Sabemos que alguns deles estão sendo mantidos como reféns pelo Hamas, juntamente com um total estimado de 200 reféns retidos em Gaza", disse o secretário.
Blinken exigiu que todos os reféns sejam "libertados imediatamente de maneira incondicional" e disse que ele e o presidente dos EUA, Joe Biden, trabalham para tentar assegurar a libertação dos sequestrados e trazê-los de volta para casa.
As duas reféns americanas foram identificadas como Judith e Natalie Raanan de Chicago.
A mãe, Judith, estaria em más condições de saúde, o que explicaria as razões humanitárias citadas pelo Hamas para sua libertação.
rc (AFP, AP)
Hamas liberta duas reféns americanas em Gaza
O braço armado do Hamas afirmou nesta sexta-feira que foram libertadas duas reféns americanas após uma intermediação feita pelo Catar. Elas estavam entre as cerca de 200 pessoas que são mantidas sob poder do grupo terrorista desde os ataques de 7 de outubro a Israel.
"Em resposta aos esforços cataris, as Brigadas Al-Qassam libertaram duas cidadãs americanas (mãe e filha) por razões humanitárias", disse o Hamas em postagem no Telegram. O grupo islamista não detalhou como ocorreu a libertação.
Autoridades israelenses e americanas não confirmaram de imediato a libertação das duas reféns. A emissora israelense Channel 13 News disse que o governo de Israel teria confirmado, mas não forneceu detalhes.
Segundo o jornal Jerusalem Post, as duas reféns americanas teriam sido entregues à Cruz Vermelha. A publicação as identificou como Judith e Natalie Raanan de Chicago, nos EUA.
A mãe, Judith, estaria em más condições de saúde, o que explicaria as razões humanitárias citadas pelo Hamas para sua libertação.
Um porta-voz do Hamas disse que a libertação das duas reféns visa enviar uma mensagem ao presidente dos EUA, Joe Biden, que apoia de maneira enfática o lado israelense no conflito. Segundo afirmou, o gesto visa "provar para o povo americano e para o mundo que as alegações feitas por Biden e seu governo fascista são falsas e sem base".
O Hamas disse ter feito em torno de 200 reféns nos ataques, e que outros 50 estariam sob poder de outros grupos jihadistas. Mais de 20 pessoas sequestradas teriam morrido durante os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza.
Militares israelenses disseram em nota nesta sexta-feira que a maioria das pessoas sequestradas está viva. "Há também cadáveres que foram levados […] até a Faixa de Gaza", dizia o comunicado. Segundo Israel, mais de 20 reféns seriam menores de idade, sendo que entre 10 e 20 teriam mais de 60 anos.
O número de pessoas desaparecidas desde o ataque é de entre 100 e 200, disseram os militares.
rc (Reuters, AP)
Lula classifica Hamas como terrorista e critica reação de Israel
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Hamas cometeu um ato de terrorismo em seu ataque em 7 de outubro em solo israelense e considerou que Israel reagiu de "forma insana" ao promover bombardeios contínuos à Faixa de Gaza.
Em sua primeira aparição pública desde que realizou cirurgias no quadril e nas pálpebras, Lula lamentou o grande número de crianças mortas no conflito Israel-Hamas. O pronunciamento em videoconferência marcou o dia em que o programa Bolsa Família completa duas décadas desde a sua criação.
Em sua fala, Lula pela primeira vez usou o termo "terrorismo" para descrever as ações do Hamas. O presidente, que evita manifestar apoio a qualquer um dos lados no conflito, vinha sendo criticado por não se referir ao grupo palestino como uma organização terrorista.
"Hoje quando o programa completa 20 anos, fico lembrando que 1,5 mil crianças já morreram na Faixa de Gaza; que não pediram para o Hamas fazer ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel, mas também não pediram que Israel reagisse de forma insana e os matasse. Exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra, que só querem viver, brincar, que não tiveram direito de ser crianças", disse Lula.
"Não é possível tanta irracionalidade, tanta insanidade, que as pessoas façam uma guerra tendo em conta que as pessoas que estão morrendo são mulheres, pessoas idosas, crianças", lamentou.
rc (ots)
Egito culpa Israel de impedir envio de ajuda a Gaza
O Ministério do Exterior do Egito acusou os órgãos de imprensa ocidentais de atribuírem falsamente ao país a responsabilidade pelo fechamento da fronteira com a Faixa de Gaza.
Em nota divulgada através da plataforma X, o porta-voz do Ministério disse que a culpa pelo fato de a passagem permanecer fechada deve ser direcionada a Israel por realizar ataques à cidade fronteiriça de Rafah e se recusar a liberar o acesso ao enclave.
O porta-voz também acusou Israel de sugerir que o Egito estaria impedindo a passagem dos estrangeiros em Gaza através do posto de fronteira. "A travessia de Rafah está aberta e o Egito não é responsável pela obstrução da saída dos cidadãos de países terceiros", afirmou.
Autoridades egípcias disseram diversas vezes que não fecharam a fronteira, mas que ela não estaria funcionando devido a danos causados por bombardeios israelenses.
Entre os estrangeiros estão 28 brasileiros que aguardam para deixar Gaza através do Egito e embarcar em um voo de volta ao Brasil.
rc (AP)
No Egito, secretário-geral da ONU visita passagem de Rafah
O secretário-geral da ONU, António Guterres, visitou nesta sexta-feira (20/10) o lado egípcio da passagem de Rafah – o único acesso à Faixa de Gaza que não está sob controle de Israel – para instar o avanço da missão humanitária de ajuda ao território palestino sitiado.
Até o momento, nenhuma ajuda humanitária chegou à Faixa de Gaza, e inúmeros caminhões, que trazem alimentos, medicamentos e outros tipos de ajuda, esperam em Rafah para entrar no enclave palestino. Ainda não se sabe quando a passagem dos caminhões será liberada.
Guterres pediu o cumprimento das condições para que a ajuda comece a entrar em Gaza o mais rápido possível. O acordo alcançado para levar ajuda a Gaza continua frágil, com Israel solicitando garantias de que os suprimentos serão entregues apenas a civis.
Pouco antes, o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para Assuntos Humanitários e coordenador da Ajuda de Emergência, Martin Griffiths, afirmou que a ajuda humanitária internacional não deve chegar à Faixa de Gaza antes de sábado.
"Estamos em negociações extensas e avançadas com todas as partes envolvidas para garantir que uma operação de ajuda a Gaza comece o mais rápido possível", disse Griffiths.
Griffiths e Guterres estão no Egito para negociar os detalhes da entrada, especialmente com as autoridades egípcias.
Israel indicou que aceita a entrada de ajuda estritamente humanitária na Faixa de Gaza, mas ainda não respondeu ao pedido urgente da ONU e de ONGs para permitir também a entrada de combustível para os geradores de hospitais ou empresas de dessalinização e padarias.
cn (DW, Lusa)