 "Globo/ Estevam Avellar.")
Desde que o mistério sobre o assassinato de Odete Roitman (Débora Bloch) tomou conta do remake de ‘Vale Tudo‘, após o capítulo exibido na última segunda-feira, 6, outra questão passou a intrigar o público: o destino da fortuna deixada pela poderosa empresária. Considerada uma das figuras mais influentes do país, Odete acumulava um patrimônio bilionário e fazia parte da elite dos super-ricos na trama.
O estilo de vida da vilã refletia com exatidão o tamanho de sua riqueza. Odete ostentava propriedades em diferentes metrópoles internacionais e chegou a reformar um imóvel em Paris para o filho, Afonso (Humberto Carrão), viver. Curiosamente, no Brasil, ela não mantinha residência própria: a família residia na mansão de Celina (Malu Galli), na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Durante suas estadas na cidade, a empresária preferia o conforto do Copacabana Palace. Instalava-se no sexto andar do hotel, em uma das suítes mais exclusivas e luxuosas do país — cuja diária ultrapassa os R$ 40 mil, segundo estimativas. O espaço, conhecido como Signature Suite, possui entre 117 e 119 metros quadrados, área equivalente (ou até superior) à de muitas casas.
A TCA, companhia aérea comandada por Odete, também refletia o prestígio da personagem. Localizada em uma região nobre do Centro do Rio, a empresa ocupava salas comerciais avaliadas em até R$ 50 milhões, com taxas de condomínio que chegam a R$ 100 mil.
Seu gosto por grifes internacionais era outro traço marcante. Vestia-se com peças de marcas como Louis Vuitton e Valentino, cujos valores atingem cifras elevadas. Já seu jatinho particular — semelhante ao exibido na novela — poderia custar cerca de R$ 160 milhões, conforme dados do site E-Investidor.
O destino da fortuna
Com a morte da vilã, a pergunta que fica é: quem herdará os milhões acumulados por Odete Roitman, uma das mulheres mais ricas da ficção brasileira? A empresária havia firmado um contrato de casamento que garantia a César (Cauã Reymond) metade das ações da TCA em caso de sua morte. Odete deixa três filhos — Afonso, Heleninha e Leonardo — que também têm direito à sua herança.
De acordo com a advogada Bruna Rinaldi, especialista em Direito de Família e Sucessões, “o testamento precisa, obrigatoriamente, reservar 50% dos bens aos herdeiros legítimos — como descendentes, ascendentes, cônjuges ou companheiros”. Ela acrescenta que, “na ausência desses herdeiros necessários, o patrimônio pode ser integralmente destinado, via testamento, a quem o falecido desejar”.