VENEZA, 17 DEZ (ANSA) – Os Jardins Reais de Veneza, localizados atrás da Praça San Marco, na capital da região do Vêneto, foram reabertos nesta terça-feira (17) depois de um complexo trabalho de restauração.   

As obras foram promovidas pela Venice Gardens Foundation e apoiadas pela companhia de seguros da Itália Assicurazioni Generali, por meio da fundação The Human Safety Net. A inauguração do local contou com a presença do ministro dos Bens Culturais da Itália, Dario Franceschini, do prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, além do CEO da Generali, Philippe Donnet.   

O projeto foi iniciado em dezembro de 2014 para tentar neutralizar a deterioração progressiva da área. Na ocasião, o Escritório Estadual da Propriedade e o município concederam a reforma e conservação para a Fundação dos Jardins de Veneza. A remodelação teve um custo de 5,2 milhões de euros, dos quais 3 milhões foram alocados pela Generali, 1 milhão arrecadado com fundos privados e 1 milhão pela Companhia de Serviços Hídricos e Ambientais do Vêneto (Veritas). A instituição contou com a ajuda de arquitetos renomados, como Paolo Pejrone, para recuperar o jardim; e Alberto Torsello, para a restauração arquitetônica e da estufa, retomando os projetos de Carlo Aymonino e Gabriella Barbini. No novo desenho, as áreas verdes dos jardins cobrem uma área de cerca de 5 mil metros quadrados, cercada por água, com vista para o Museu Correr, as salas imperiais do Palácio Real, o Museu Arqueológico Nacional e a Biblioteca Marciana.   

As obras também incluíram o pavilhão neoclássico, projetado pelo arquiteto Lorenzo Santi no início do século 19, e todos os móveis funcionais e decorativos do local. Além disso, houve a recuperação da ponte levadiça, onde foi mantido o mecanismo histórico de abertura e fechamento para conectar os jardins à Piazza San Marco, a reconstrução da estufa composta por um pavilhão central de planta circular e o pequeno jardim de inverno, que abrigará a coleção de vasos de plantas e equipamentos de manutenção. Graças à Veritas, que desenvolveu um projeto de sustentabilidade e atenção ao consumo de água, 18 banheiros também foram montados pelos jardins. Ao todo, foram plantadas 22 árvores altas, 832 arbustos, 6.560 plantas herbáceas, 3.150 plantas bulbosas e 68 trepadeiras. “Os Jardins Reais eram um local de negligência, mas graças a uma restauração perfeita e ao compromisso do setor voluntário e das empresas que doaram quantias importantes, eles foram devolvidos à cidade. Parece-me uma bela história para todos. A Itália é um exemplo a ser imitado por muitos”, enfatizou Franceschini.   

(ANSA).