Por Tetsushi Kajimoto e Kantaro Komiya

TÓQUIO (Reuters) – As importações do Japão saltaram para um recorde em julho, impulsionadas pela inflação global de combustíveis e pelo iene fraco, superando as exportações e aprofundando o déficit comercial, em um sinal de piora nos termos de troca para a economia japonesa.

Os dados comerciais vieram na esteira do índice Reuters Tankan, que mostrou melhora na confiança empresarial do Japão em agosto, enquanto um indicador importante dos gastos de capital corporativo se recuperou em junho em relação ao declínio do mês anterior.

Dados do Ministério das Finanças mostraram nesta quarta-feira que as exportações cresceram 19,0% em julho em relação ao ano anterior, registrando 17 meses consecutivos de ganhos liderados por embarques de carros com destino aos Estados Unidos e embarques relacionados a chips para a China, superando as expectativas de um ganho de 18,2%.

As importações aumentaram 47,2% em julho sobre o mesmo período do ano anterior, para um recorde de 10,2 trilhões de ienes (76,06 bilhões de dólares), impulsionadas pelos custos de petróleo bruto, carvão e gás natural líquido. Isso superou as expectativas de um aumento de 45,7% e superou as exportações, elevando o déficit comercial para 1,4368 trilhão de ienes em julho.

O resultado marcou um ano inteiro de déficits comerciais mensais, a sequência mais longa desde os 32 meses de déficit até fevereiro de 2015.

A queda de 23,1% do iene em relação ao ano anterior aumentou os custos de importação, mostraram os dados.

(Reportagem de Tetsushi Kajimoto)

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