O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta quarta-feira que pretende ir adiante com planos de elevar o imposto sobre vendas em outubro de 2019, apesar de preocupações de que a recuperação da economia do país possa ser comprometida pela medida fiscal.

Segundo o premiê, o plano só será cancelado se o Japão enfrentar problemas tão graves quanto “o choque do Lehman”, referindo-se à crise financeira mundial de 2008. Essa é uma fala que Abe usou quando o aumento estava previsto para 2017. Em meados de 2016, durante reunião do G-7, Abe decidiu adiar o ajuste em meio à avaliação de que a economia global enfrentava o risco de outra crise.

Já o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, demonstrou ser a favor do aumento em outubro do ano que vem, ao afirmar hoje que a medida será importante para o governo japonês melhorar sua saúde fiscal no longo prazo.

Kuroda previu também que o impacto será menor que o do aumento anterior, ocorrido em 2014, embora ele “lamente” o fato de que o BoJ tenha subestimado a queda sofrida pelo consumo na última ocasião. Fonte: Dow Jones Newswires.


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