O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu nesta quinta-feira, 20, a revogação da liminar do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu a soltura do goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte de Eliza Samudio. Bruno foi solto em 24 de fevereiro e espera o julgamento do habeas corpus na primeira turma do STF.

Além de pedir a revogação da liminar, Janot solicitou que os ministros indefiram o pedido de habeas corpus feito pela defesa do atleta, que fechou contrato no mês passado com o Boa Esporte, de Varginha, no interior mineiro. Para Janot, o habeas corpus apresentado pela defesa de Bruno já havia sido negado pelo Supremo, não cabendo à Corte dar prosseguimento ao pedido. O procurador ainda refuta a tese da defesa do goleiro, sobre a demora do julgamento de um recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) enquanto Bruno seguia preso.

De acordo com Janot, a própria defesa tem contribuído para o prolongamento do prazo criminal e “a duração razoável do processo deve ser deferida à luz da complexidade dos fatos e do procedimento, bem como da pluralidade de réus e de testemunhas.”

Lúcio Adolfo, advogado do goleiro, disse ao Estado que a afirmação do procurador “não corresponde à realidade”. De acordo com ele, a defesa do atleta não contribuiu para a morosidade do processo. Também destacou que Bruno, em liberdade, “não criou tumulto nem colocou em risco a ordem pública.”

Condenação. Bruno, de 32 anos, foi condenado em 2013 pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza e também pelo sequestro e cárcere privado do filho. Ele foi solto em 24 de fevereiro, após cumprir 6 anos e 7 meses de detenção em regime fechado. A pena total é de 22 anos e 3 meses de prisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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