Um hacker invadiu temporariamente a conta na rede social X da primeira-dama Janja Lula Silva e publicou ofensas e mensagens sexistas aos seus mais de um milhão de seguidores, um ato classificado por ela, nesta terça-feira (12), como “ataque de ódio”.

A Polícia Federal informou na mesma plataforma que solicitou e obteve o bloqueio da conta após as “postagens ofensivas contra a senhora Janja e o Presidente da República”, Luiz Inácio Lula da Silva.

A força de segurança também abriu uma “investigação preliminar para apurar a invasão” ao perfil no X (ex-Twitter) da primeira-dama, informou na noite de segunda-feira (11).

“Na noite de ontem, os ataques de ódio e o desrespeito que eu sofro diariamente chegaram a outro patamar. Minha conta do X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim”, declarou Janja em sua conta no Instagram.

“Posts machistas e criminosos, típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei”, completou a legenda de uma captura de tela de sua conta X, que tem 1,2 milhão de seguidores.

No perfil invadido foram publicados ataques contra ela, Lula e o juiz do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Muito presente nas viagens e eventos de governo de Lula, Rosângela da Silva, conhecida como “Janja”, faz um apelo ao combate às mensagens de ódio e misoginia nas redes sociais.

A primeira-dama de 57 anos, disse estar “acostumada” a ataques na Internet, mas alertou que mensagens violentas nas redes podem ter consequências reais na vida de muitas pessoas, especialmente mulheres.

“A internet é um espaço potente para o bem e para o mal. E é comprovado que nós, mulheres, somos as que mais sofrem com os ataques de ódio”, escreveu, acrescentando que mulheres do Brasil inteiro são vítimas de “ataques machistas” nas redes sociais que muitas vezes se tornam “agressões físicas e feminicídios”.

“Milhares de mulheres perdem ou até tiram a própria vida a partir de ataques como o que sofri na noite de ontem”, alertou.

Ministras do governo como Anielle Franco, da Igualdade Racial, e Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, manifestaram sua solidariedade à primeira-dama.

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