A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) afirmou nesta segunda-feira que considera “inadequada” a demora do presidente Jair Bolsonaro em tomar uma decisão a respeito da demissão ou não de Gustavo Bebianno do cargo de secretário-geral da Presidência da República.

“É inadequado que o presidente deixe essa situação se estender por tanto tempo. Decidiu demitir, demite, pra gerar um pouco mais de estabilidade para o País”, disse a jornalistas, após participar de almoço da bancada paulista do partido com a Fiesp. “Porque (se tomar a decisão de forma rápida) não fica essa situação desconfortável para todas as partes e de insegurança para o País”, disse.

Janaina evitou afirmar se é a favor ou não da demissão, argumentando que essa não é uma decisão que cabe a ela. No entanto, quis ressaltar, “para ser justa”, que Bebianno, enquanto presidente do partido, não tem controle de como o dinheiro do partido é distribuído na ponta final, em referência ao caso de candidatas laranjas.

“Do ponto de vista de uma ilicitude, eu não vejo uma responsabilidade dele. A responsabilidade da assinatura todo gestor tem. Pelo que venho à tona não tem ilicitude, então não justifica muito (a demissão)”, disse. “Eu atribuo esse episódio mais a uma questão pessoal do Bebianno com o presidente”.

Para ela, parece haver um desgaste na relação dos dois. “Aparentemente não há mais confiança. Ele não está saindo ou vai sair por um caso de ilicitude, mas por perda de confiança”, afirmou. A deputada disse também que não acredita que haja um movimento de migração da família Bolsonaro para um novo partido que está sendo criado com a sigla UDN (União Democrática Nacional). “Eu estive com o Eduardo (Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de São Paulo) e ele me disse que não existe isso”, afirmou. “Se há, eu não estou sabendo”, acrescentou. Para Janaina, o ideal seria que o Brasil permitisse a candidatura avulsa, sem necessidade de vinculação partidária.

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