Réu em um processo por estupro de vulnerável, o terapeuta Tadashi Kadomoto gravou um vídeo em que nega as acusações. De acordo com o “guru da meditação na pandemia”, ele ficou sabendo da ação movida pelo Ministério Público por meio da imprensa.

“Fiquei sabendo por uma jornalista que sou réu, acusado de atos muito graves e que eu não cometi. Primeiro fiquei muito assustado, sem entender o que estava acontecendo, porque não fui procurado pela Justiça. Depois, fiquei muito abalado com a reportagem”, disse Kadomoto.

Conforme o Ministério Público, a vítima é ex-aluna e paciente do terapeuta. No fim do ano passado ela procurou o MP e contou que foi estagiária no instituto que leva o nome do terapeuta e que também buscou atendimento em uma clínica dele para tratar distúrbios alimentares. Segundo a vítima, de forma progressiva, Kadomoto teria se aproveitado da vulnerabilidade dela até consumar o ato sexual.

“Quem me conhece e convive comigo sabe da minha conduta e do respeito que eu tenho pelo cuidado com as pessoas. Tenho falhas, cometo erros como todo ser humano, mas jamais cometi atos criminosos. Tenho fé que tudo será esclarecido e até lá vou me afastar das minhas atividades”, afirma o terapeuta no vídeo.

“Ao longo da história já vimos muitas reputações e famílias destruídas por acusações que depois se mostraram injustas, por isso, estou à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários”, disse Kadomoto.

Antes de gravar o vídeo, a defesa de Kadomoto já havia divulgado nota afirmando que o terapeuta “em toda a sua reconhecida trajetória profissional, jamais recebeu solicitação de esclarecimento sobre qualquer fato e nenhuma denúncia formal até o momento”.

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Denunciado por 5 estupros

De acordo com o MP, após ouvir testemunhas e coletar evidências, a Promotoria denunciou o terapeuta, que responderá na Justiça por cinco estupros.

A promotora responsável pelo caso, Celeste Leite dos Santos, disse que Tadashi se aproveitou do momento vulnerável da vítima. “Foi de uma forma progressiva… Começou com um toque, depois troca de e-mails, até que ele consumou, quando ela não tinha a menor capacidade de assumir resistência, o ato sexual, não respeitando sequer o fato de que a vítima estava grávida”, falou.

Ela ainda reforçou que o objetivo de Kadomoto era obter conjunção carnal com a mulher. “Ele tinha ciência que ela tinha distúrbios alimentares. E em vez de ser fonte de tratamento, ele foi agravando todos esses problemas para poder atingir o seu objetivo, que era o mesmo desde o princípio: obter conjunção carnal com a vítima”, disse Celeste.


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