Na manhã da última terça-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou à Ciro Nogueira que iria se moderar. Na conversa do chefe do executivo com o novo ministro da Casa Civil, foi solicitado por Ciro que o presidente não atacasse mais a CPI da Covid e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Na ocasião, Jair Bolsonaro revelou que não abriria mão de fazer a campanha pelo voto impresso, mas prometeu baixar o tom dos ataques pessoais que faz às autoridades.

Segundo Lauro Jardim, colunista do O Globo, o personagem moderado criado por Bolsonaro não durou por muito tempo. Na última quinta-feira (29), ao conversar com apoiadores, Jair reclamou pela enésima vez de decisões do Supremo. Ele também comentou que o STF cometeu um crime quando resolveu dar autonomia para que governadores e prefeitos tomassem decisões em relação às restrições durante a pandemia da Covid-19.

Na noite de ontem, durante a live feita especialmente para criticar o voto eletrônico, Bolsonaro voltou a ficar perdido no personagem e criticou Luís Roberto Barroso. “Por que o presidente do TSE quer manter a suspeição das eleições? Quem é ele? Por que fica interferindo? Onde quer chegar esse homem?”, disse Jair.