Apesar de levantar a bandeira contra o aborto e “à favor da vida” em sua campanha de reeleição à Presidência da República de 2022 e também na anterior, Jair Bolsonaro, atual presidente, já pensou diferente. Em entrevista à IstoÉ Gente, em 2000, ele afirmou que a decisão de interromper uma gravidez era uma decisão do casal. Além disso, contou que perdeu a virgindade com uma garota de programa.

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Em fevereiro de 2000, a repórter Cláudia Carneiro perguntou a opinião de Bolsonaro sobre o aborto. “Tem de ser uma decisão do casal”, disse ele. “O senhor já viveu tal situação?”, questionou ela. “Já. Passei para a companheira. E a decisão dela foi manter. Está ali, ó”. Jair, então, apontou para uma foto de Jair Renan, com pouco mais de um ano.

Apesar de criticar a educação sexual nas escolas e ser favorável ao programa de abstinência sexual chamado “Escolhi Esperar”, Bolsonaro revelou que sua primeira experiência sexual foi com uma garota de programa.

“[Perdi] com 17 anos de idade. Meio tarde, né? Meus filhos vão pegar no meu pé por causa disso. Eu estava na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. Ninguém tinha dinheiro. Juntávamos uns 20 alunos, fazíamos um sorteio, íamos para o baixo meretrício e os cinco sorteados faziam fila com a mesma mulher”, relembrou.

Em outro assunto, o então deputado defendeu que o “fuzilamento é uma coisa até honrosa para certas pessoas” ao dizer que Fernando Henrique Cardoso deveria morrer dessa forma. A seguir, detalhou como seria “fácil” matá-lo. “ Não é difícil matar o presidente. Só tem que ter coragem. O esquema de segurança dele é falho. Por exemplo, tenho uma casa no litoral em Mambucabinha, próxima do local onde ele passeia quando vai a Angra dos Reis. Sou primeiro lugar no curso de mergulho do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Bastava planejar. E as chances de sucesso de se cumprir a missão são grandes. Não é difícil eliminar uma autoridade no País. Isso até serve para alertar o presidente”, disse.

“Tudo depende de planejamento. Pode-se pegar uma arma com mira e matar o presidente em Brasília. Com uma besta (espécie de arco e flecha) dá para eliminar uma pessoa a 200 metros. Até com um canivete dá para chegar no cangote do presidente. Mas quero deixar claro que não estou incitando ninguém a fazer. E não tenho nenhum plano para eliminar o presidente. Eu não partiria para uma missão suicida”, completou.