Nesta quinta-feira (27), o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), apontou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é o principal agressor contra os profissionais de imprensa. As informações são do colunista do UOL Leonardo Sakamoto.

O relatório se baseou no número de casos notificados em 2021. De acordo com o documento, o presidente foi responsável por 147 atos registrados, o que representa 34,19%. Ao todo, foram reportadas 430 ocorrências de agressões contra jornalistas.

Em 2020, o número registrado foi menor, 175 casos ao todo. No entanto, Jair Bolsonaro também apareceu em primeiro lugar como o principal agressor.

O ano de 2022 apenas começou e já foram registrados 18 casos de agressões verbais contra os jornalistas. E a credibilidade da imprensa foi atacada em outros 129 episódios.

Ranking

O relatório, baseado em dados de 2021, mostrou que dirigentes da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) – órgão público comandado pelo governo – foram o segundo maior responsável por ataques contra jornalistas, respondendo por 142 casos registrados, o que representa 33,02%.

O terceiro lugar foi ocupado pelos políticos e seus assessores, com 9,3% dos casos registrados.

Apoiadores

O documento mostrou que as agressões feitas por apoiadores do presidente corresponderam a 4,65%.

Contudo, isso pode ser atribuído aos discursos feitos por Jair Bolsonaro ou a sua omissão quando presencia uma agressão contra um jornalista.

Violências que os jornalistas podem sofrer

De acordo com o relatório, as violências praticadas contra os jornalistas são: censura, descredibilização, agressões verbais e físicas, ataques virtuais, ameaças, intimidações, impedimentos do exercício da profissão, atentados, racismo e assassinatos.