O técnico Jair Ventura admitiu na coletiva desta quarta-feira que o Corinthians que entrou em campo na final contra o Cruzeiro pela Copa do Brasil nunca tinha atuado junto. O treinador optou pelas entradas de Emerson Sheik e Jonathas nas vagas de Clayson e Mateus Vital para a segunda partida da decisão.

“Não deu tempo. Por conta das circunstâncias. De jogar duas vezes na semana, ter que dar descanso aos jogadores, não conseguimos trabalhar com todos esses jogadores juntos”, comentou o treinador, após a derrota por 2 a 1 para o time mineiro, que se sagrou bicampeão da competição.

Ele também tentou justificar as escolhas. “Temos um camisa 9 de ofício para uma final que precisava de dois gols e profundidade. Dentro do elenco não tem outro 9 que poderia jogar hoje (quarta-feira). A opção pela entrada dele foi para dar profundidade”, disse.

Em relação a Emerson Sheik, foi por conta da ausência do lateral-esquerdo Egídio, do Cruzeiro, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. “Sem o Egídio, ele não teria a obrigação de acompanhar, por isso a entrada dele. E ele fez uma grande partida”, informou.

Jair admitiu que Jonathas não fez um bom jogo. Justificou que foi por faltar ainda ritmo de jogo ao jogador. O centroavante fez contra o Santos o primeiro jogo como titular desde que se recuperou de uma fibrose na coxa direita. “Não gostamos muito do Jonathas e gostamos do Emerson. Se botar no balanço as alterações foram boas. Sei que a responsabilidade pelas mudanças é do treinador. Assumo isso”, comentou.

Em relação ao jogo, Jair disse que gostou do comportamento da equipe. “Conseguimos manter a bola no campo ofensivo e fazer o Cruzeiro buscar somente a transição. Os dois gols deles saíram em falhas nossas, mas não é hora de encontrar heróis nem culpados. Fizemos uma boa partida e o Cruzeiro tem os méritos, porque foi uma equipe cirúrgica. Quem assistiu ao jogo viu que o Corinthians tomou a iniciativa.”

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O treinador também destacou a diferença de investimento entre as duas equipes. “É preciso lembrar que o favorito, na opinião de vocês, venceu. Fomos vice-campeões e ficamos na frente de times com uma folha quatro ou cinco vezes maior que a nossa”, afirmou Jair, que lamentou a derrota na primeira final de sua carreira. “É ruim perder a primeira final. Dois anos atrás, fui eleito o treinador revelação. Dois anos depois, cheguei à final. Nesse aspecto, não foi tão ruim”, disse.

O Corinthians agora volta as atenções para o Campeonato Brasileiro. No domingo, visita o Vitória, no Barradão, e precisa da vitória para se distanciar da zona de rebaixamento – hoje apenas quatro pontos separam o time alvinegro da degola.

“Não temos o direito de ficar tristes somente até o próximo jogo. O momento não é de falar muito. É lamentar a derrota, mas levantar a cabeça, porque precisamos reagir e buscar os resultados no Campeonato Brasileiro”, finalizou.

SÁNCHEZ – Presente na entrevista coletiva pós-jogo, o presidente Andrés Sanchez reconheceu que o time tem limitações técnicas, mas que voltará forte ano que vem. Os jogadores negaram abatimento para o restante da temporada.

“Não tem a questão de abatimento. A gente sabe que tem essa justiça dentro do jogo e temos que te maturidade”, comentou Fagner. “A gente tentou criar situações de gol. Agora é manter o que foi bom para o Brasileiro e voltar a vencer e o que não foi bom, corrigir”, finalizou o lateral-direito Fagner.


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