Jadel Gregório quer índice no salto triplo para disputar sua terceira Olimpíada

Aos 35 anos, Jadel Gregório quer mais uma Olimpíada no currículo. Para se garantir nos Jogos do Rio, em agosto, o atleta precisa atingir 16,85 metros – índice do salto triplo – até o dia 3 de julho. Mesmo sem cravar tal marca desde 2012, ele confia na classificação. A última oportunidade será no Troféu Brasil de Atletismo, em São Bernardo do Campo (SP), na próxima semana.

“Eu já caí para frente dos 17 metros esse ano em treinamento, uma hora vai encaixar. Esses dias pequei um pouco na minha alimentação por não estar treinando direito, mas acredito que o índice sai até Troféu Brasil”, afirmou o saltador brasileiro.

Jadel Gregório tem se desdobrado entre os treinos “às vezes muito cedo, às vezes muito tarde” e o cargo de secretário adjunto de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo. Ele voltou a morar na capital paulista depois de dois anos e meio vivendo em San Diego, na Califórnia. Nos Estados Unidos, o brasileiro teve oportunidade de treinar com Willie Banks, que foi recordista mundial. “Foi uma experiência muito boa. Ele vem de uma linha de salto diferente do que estou acostumado. A gente conseguiu mesclar tudo”.

O recorde sul-americano do salto triplo ainda é de Jadel Gregório. Em 2007, ele cravou 17,90 metros no GP Brasil de Atletismo, em Belém. Ano em que também conquistou a prata no Mundial de Osaka (17,59 metros), no Japão, e o ouro no Pan do Rio (17,27 metros). Nos Jogos Olímpicos, o brasileiro ficou com o quinto lugar em Atenas-2004 e o sexto em Pequim-2008.

As marcas hoje não são mais expressivas. Jadel Gregório registrou 16,42 metros (vento de 2,5 m/s) no GP Brasil, há duas semanas. E, para ele, o futuro da prova é uma incógnita. “Salto triplo é misterioso. No Brasil, aparece um saltador na hora que a gente menos imagina, torcer para isso acontecer”.