O Ministério das Relações Exteriores (MRE) revogou a nomeação de Lucas Nogueira Siqueira para o cargo de terceiro-secretário da carreira de diplomata, que havia sido eliminado do concurso por fraude nas cotas raciais, mas conseguiu ser nomeado em uma vaga para negros, por decisão da Justiça. As informações são do g1.

Lucas havia conseguido a nomeação para a carreira de diplomata na primeira fase de um concurso, em 2015, com 45,5 pontos, sendo que a nota de corte para os candidatos da concorrência ampla era de 47.

Em sua inscrição, ele se autodeclarou pardo, e por isso acabou inserido nas vagas reservadas para negros ou pardos, e avançou nas etapas seguintes do concurso. Uma comissão de diplomatas rejeitou a autodeclaração racial do candidato e ele foi eliminado do concurso.

Em julho deste ano, o juiz Cristiano Miranda de Santana determinou sua nomeação, alegando que a banca do concurso não apresentou elemento concreto para justificar sua eliminação. Segundo o juiz, Lucas apresentou fotos de diferentes etapas da vida e um laudo de dermatologistas que indicam que ele tem a pele parda.

No entanto, o próprio juiz voltou atrás em sua decisão e determinou que a medida só ocorra após o trânsito em julgado do processo, quando não houver mais recursos cabíveis. A revogação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (8)