Itamaraty confirma 3ª vítima brasileira de ataques em Israel

Itamaraty confirma 3ª vítima brasileira de ataques em Israel

"EmAcompanhe em tempo real os últimos acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas.Nesta terça-feira (13/10), governo israelense deu 24 horas para cerca de um milhão de pessoas deixarem o norte da Faixa de Gaza, enquanto se prepara para grande ofensiva terrestre no território palestino.

Ao todo, mais de 2 milhões de pessoas vivem em condições precárias em Gaza, uma estreita faixa que se estende por cerca de 40 quilômetros ao longo do Mar Mediterrâneo e faz fronteira com Israel ao norte e a leste, e com o Egito ao sul.

Israel em apoio do Ocidente em sua ofensiva. "Nós sempre estaremos do lado de vocês", declarou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, em visita a Israel na quinta-feira.

A Otan também tem enfatizado o direito de Israel de se defender após os ataques do Hamas. Em entrevista à DW, o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, afirmou, porém, que é importante que os israelenses "façam todo o possível para evitar a perda de vidas de civis inocentes".

Ataque do Hamas

O ultimato dos militares israelenses foi anunciado depois que no último sábado, o grupo terrorista islamista Hamas lançou ataques sem precedentes contra Israel, matando mais de 1.3 mil pessoas e ferindo mais de 3.3 mil em cidades fronteiriças israelenses e em um festival de música.

Israel respondeu com pesados bombardeios sobre Gaza, prometendo "esmagar" o Hamas. Mais de 1.5 mil palestinos já morreram e mais de 6.6 mil ficaram feridos, segundo autoridades locais.

Acompanhe os principais acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas:

Itamaraty confirma morte de brasileira em atentados em Israel
Israel ordena saída de civis de Cidade de Gaza em 24h
Hamas diz que bombardeios israelenses mataram 13 reféns
OMS critica ordem de Israel a palestinos

Protestos pró-Palestina se espalham pelo Oriente Médio
Milhares de pessoas participaram nesta sexta-feira de protestos em países do Oriente Médio em favor dos palestinos e contra os ataques israelenses à Faixa de Gaza.

Em Bagdá, no Iraque, dezenas de milhares de pessoas se reuniram na praça Tahir com bandeiras palestinas, entoando slogans e cânticos contra os Estados Unidos e Israel. Grande parte dos manifestantes se cobriu com um véu branco que simboliza a prontidão para lutar até a morte.

No Irã, o principal aliado do Hamas e um dos maiores rivais de Israel, ocorreram várias manifestações organizadas pelo governo. No Líbano, líderes do Hisbolá discursaram em protestos que também reuniram multidões em solidariedade à Palestina.

Demonstrações de apoio ao povo palestino e anti-Israel também ocorreram no Iêmen, Indonésia e outros países.

Itamaraty confirma morte de brasileira em atentados em Israel
O Ministério das Relações Exteriores confirmou, nesta sexta-feira (13/10), a morte da brasileira Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, durante atentados realizados pelo Hamas no sul de Israel.

O Itamaraty firmou que essa é a terceira morte de brasileiros confirmada nos ataques do grupo radical islâmico em Israel.

“Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Karla, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil”, informa nota.

O governo brasileiro também já havia confirmado as mortes de Bruna Valeanu e Ranani Nidejelski Glazer, ambos de 24 anos.

Assim como Bruna e Ranani, Karla participava da festa rave no último sábado, quando o grupo terrorista iniciou os atentados.

Karla, que nasceu no Rio de Janeiro e tem cidadania israelense, morava em Israel com o namorado, Gabi Azulay, que estava na mesma festa de música eletrônica e também morreu. Ela tinha um filho de 19 anos, que é membro do Exército de Israel.

md (EBC, ots)

Ao menos nove mortos em confrontos com forças israelenses na Cisjordânia
Pelo menos nove palestinos morreram nesta sexta-feira em confrontos violentos com as forças israelenses na Cisjordânia ocupada, durante uma manifestação em apoio à Faixa de Gaza, disse o Ministério da Saúde palestino.

Jornalistas da AFP testemunharam violentos confrontos em Ramallah, Tulkarem, Nablus, Hebron e outras cidades, quase uma semana após o ataque surpresa da organização terrorista Hamas contra o sul de Israel.

Desde sábado, pelo menos 44 palestinos morreram na Cisjordânia, em violência relacionada ao conflito palestino-israelense, segundo o Ministério da Saúde.

md (AFP, AP)

Abbas: remoção de civis em Gaza resultará uma nova Nakba
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, advertiu o secretário de Estado americano, Antony Blinken, que a remoção forçada da população da Faixa de Gaza que Israel tenta impor poderá resultar em uma segunda Nakba – o êxodo palestino durante e após a guerra árabe-israelense de 1948, quando mais de 700 mil pessoas tiveram de fugir ou deixar suas casas no que hoje é Israel e nos territórios palestinos.

No encontro em Omã, na Jordânia, Blinken agradeceu Abbas e sua equipe por tentarem acalmar a situação "em benefício dos palestinos, israelenses e dezenas de milhares de americanos que têm seus lares na Cisjordânia".

Segundo um porta-voz do Departamento de Estado americano, Blinken deixou claro a Abbas que “o Hamas não representa o direito à dignidade e autodeterminação do povo palestino”. Ambos discutiram meios de fornecer ajuda à população civil em Gaza "enquanto Israel conduz suas legítima operação de segurança para se defender do terrorismo".

OMS critica ordem de Israel para retirada de palestinos em Gaza
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que Israel reverta a ordem de retirada de civis de Gaza, afirmando que a medida equivale a uma "sentença de morte" para pacientes vulneráveis que se encontram em hospitais.

O diretor-geral da agência, que integra a ONU, apelou a Israel para reverter a sua decisão.

“Há pessoas gravemente doentes cujos ferimentos significam que a sua única hipótese de sobrevivência é utilizar aparelhos de suporte vital, como ventiladores mecânicos”, disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. “Portanto, mover essas pessoas é uma sentença de morte. Pedir aos profissionais de saúde que o façam é mais do que cruel.”

A OMS disse na sexta-feira que as autoridades de saúde locais em Gaza informaram que era impossível evacuar pacientes hospitalares vulneráveis do norte de Gaza, depois que os militares de Israel pediram que os civis se mudassem para o sul dentro de 24 horas.

"Consequências devastadoras"

Antes, a própria ONU já havia criticado a medida anunciada pelos militares israelenses, afirmando que causará "consequências humanitárias devastadoras"

Segundo Dujarric, a mesma ordem de retirada "foi aplicada a todos os funcionários da ONU e às pessoas abrigadas em instalações da ONU – incluindo escolas, centros de saúde e clínicas".

"As Nações Unidas consideram impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras", afirmou disse o porta-voz das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, pedindo que "qualquer ordem desse tipo seja revogada".

Hamas diz que bombardeios israelenses mataram 13 reféns
As brigadas Al-Qassam, o braço armado do Hamas, afirmaram que os bombardeios israelenses em Gaza mataram 13 reféns que haviam sido capturados durante os ataques do grupo terrorista a Israel no último fim de semana.

Não foram mencionadas as nacionalidades dos reféns mortos. Até o momento, a informação não foi confirmada pelas Forças Armadas israelenses.

Israel afirmou entre 100 e 150 pessoas de diferentes nacionalidades teriam sido feitas reféns pelo Hamas.

Um porta-voz das Forças Armadas israelenses chegou a afirmar que haviam brasileiros entre as pessoas de diferentes nacionalidades sequestradas pelo Hamas. Mais tarde, porém, Israel voltou atrás quanto à certeza de reféns brasileiros. A informação também não foi confirmada pelo Itamaraty, que ainda busca informações concretas.

A mídia de Pyongyang nega que o Hamas tenha usado armas norte-coreanas
A mídia estatal de Pyongyang negou nesta sexta-feira relatos de que militantes do Hamas usaram armas norte-coreanas em recentes ataques a Israel, chamando-os de “falsos rumores”.

O regime respondeu assim à informação publicada pelo meio de comunicação americano Radio Free Asia, que apontava o uso de lança-foguetes norte-coreanos por milicianos palestinos nos ataques do último fim de semana, com base no que foi observado em imagens dos incidentes e no testemunho de especialistas militares.

Israel ordenou a retirada de civis em Gaza no prazo de 24 horas
Israel ordenou nesta sexta-feira (13/10) a retirada de 1 milhão de civis do norte de Gaza em 24 horas, em meio a preparativos para uma ofensiva terrestre destinada a reprimir o grupo fundamentalista islâmico Hamas, em retaliação aos ataques contra a população israelense no fim de semana.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Jonathan Conricus, disse que os militares enviaram aos residentes da Cidade de Gaza uma mensagem pedindo que eles se retirem "de suas casas em direção ao sul para sua própria segurança e proteção".

"A organização terrorista Hamas travou uma guerra contra o Estado de Israel, e a Cidade de Gaza é uma área onde se executam operações militares", declarou Conricus na manhã desta sexta.

"Essa evacuação é para sua própria segurança. Você poderá retornar à Cidade de Gaza apenas quando outro anúncio de permissão for feito", acrescentou, explicando que os habitantes da região foram alertados a não se aproximar da cerca de segurança com Israel, mas seguirem rumo ao sul da Faixa de Gaza.

O porta-voz afirmou ainda que a orientação das forças israelenses é "um passo humanitário a fim de minimizar as baixas civis, à medida que esta guerra se desenrola" (leia matéria completa).