SÃO PAULO, 21 SET (ANSA) – Pelo menos 500 italianos teriam adquiridos diplomas do curso de Direito da Universidade pública Rei Juan Carlos, na Espanha, de maneira fraudulenta, informou a imprensa internacional nesta sexta-feira (21).   

Segundo os jornais, um tribunal espanhol abriu uma investigação para apurar a atribuição dos diplomas falsos, que concediam o registro como profissional junto da Ordem de Advogados de Madri.   

Além disso, a publicação do site “El diário” afirma que, com o documento, os beneficiários conseguiam comprovar o estudo para evitar o pagamento de mestrados nas instituições italianas.   

Em comunicado à agência francesa “AFP”, a Ordem dos Advogados de Madri não quis se pronunciar e ressaltou que o “problema é de responsabilidade da universidade e da secretaria de estado que gerencia o ensino superior”.   

As autoridades ainda suspeitam que o esquema de diplomas tenha beneficiado políticos espanhóis, que teriam realizado mestrados em condições de vantagem. Eles podem ter sido dispensados de frequentar aulas, mas adquirido notas máximas no boletim.   

O atual líder do Partido Popular, Pablo Cassado está entre os suspeitos de realizar mestrado nessas condições. De acordo com o jornal “El País”, após a polêmica, a Universidade decidiu dissolver o Instituto de Direito Público (IDP) depois que o escândalo derrubou Cristina Cifuentes, ex-presidente da Comunidade de Madri, e Carmem Montón, ex-ministra da Saúde.   

Por sua vez, o ex-diretor do IDP, Enrique Alvarez Conde, ainda está sob investigação, principalmente por, desde 2012, estar recebendo pagamentos, totalizando mais de 100 mil euros, injustificados. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também foi alvo da polêmica. Ele chegou a ser acusado de plagiar sua tese de doutorado. No entanto, negou todas as denúncias. (ANSA)