Italianos no exterior pedem mudanças em reforma de cidadania

ROMA, 24 JUN (ANSA) – O Conselho Geral dos Italianos no Exterior (Cgie) cobrou mudanças para “melhorar” o decreto que restringiu as possibilidades de transmissão da cidadania por direito de sangue (jus sanguinis) na Itália.   

O pedido foi feito após a conclusão da assembleia do Cgie, órgão representativo dos italianos residentes no exterior, em Roma. “São necessárias melhorias na reforma da cidadania, que, embora necessária, causou desorientação nas comunidades no exterior ao restringir drasticamente a transmissão da cidadania e gerar disparidades no tratamento entre compatriotas”, afirmou o conselho.   

O decreto em questão foi aprovado pelo governo da premiê Giorgia Meloni no fim de março e se tornou definitivo no fim de maio, após o aval da Câmara dos Deputados e do Senado.   

De acordo com as novas regras, a cidadania só poderá ser transmitida por ascendentes de primeiro (mãe ou pai) ou segundo grau (avó ou avô) que sejam exclusivamente cidadãos italianos – ou tenham sido no momento da morte -, criando um limite geracional que antes não existia.   

Uma das propostas aprovadas pelo Cgie na semana passada, inclusive, prevê a revogação dessa exigência de exclusividade.   

Também é possível solicitar a cidadania se um dos pais do candidato tiver residido na Itália por pelo menos dois anos consecutivos após ter se tornado italiano e antes da data de nascimento ou adoção do filho. (ANSA).