Italianos desaparecidos no México foram vendidos a cartel

CIDADE DO MÉXICO, 4 MAR (ANSA) – As autoridades do México abriram neste sábado (3) processos criminais contra quatro policias do Tecalitlán, no oeste do estado de Jalisco, envolvidos no caso dos três italianos desaparecidos desde o dia 31 de janeiro.   

Todos os acusados confessaram que prenderam e entregaram os três homens napolitanos ao cartel Jalisco Generación, que controla o crime organizado da região, em troca de mil pesos, cerca de US$50.   

O Ministério Público informou em sua conta no Twitter que os detidos, identificados apenas pelo primeiro nome – Emilio, Salomón, Fernando e Lidia – podem ser condenados a uma pena de 40 anos de prisão. No entanto, deverão permanecer pelo menos um ano em detenção preventiva enquanto não ocorre o julgamento.   

De acordo com as autoridades, mais três policiais estão sendo procurados por ligação ao caso.   

O desaparecimento de Raffaele Russo (60 anos), seu filho Antonio (25) e o sobrinho Vincenzo Cimmino (29), gerou inúmeros protestos realizados pela família das vítimas tanto no México quanto na Itália.   

Na última semana, durante um telefonema, o ministro das Relações Exteriores, Angelino Alfano, pediu ao seu homólogo mexicano, Luis Videgaray, uma “solução urgente” para o caso.   

Raffaele era vendedor ambulante de geradores elétricos fabricados na China e vivia no México há vários anos. Ele foi o primeiro a desaparecer no dia 31 de janeiro. Os dois mais jovens, não conseguindo falar com o comerciante por telefone, foram até o último local assinalado pelo GPS do carro alugado.   

Em seguida, eles pararam em um posto de gasolina e teriam sido abordados por “diversos policiais”. Mesmo após a confissão, as autoridades ainda não têm pistas de onde estariam as vítimas. (ANSA)