Segunda colocada no ranking de casos de doping de 2014, em lista divulgada na semana passada, a Itália tem seu esporte olímpico mais uma vez abalado por um escândalo. Niccolò Mornati, do remo, testou positivo para anastrozol durante um exame surpresa realizado fora do período de competição. Ele já estava classificado para os Jogos Olímpicos do Rio, para competir no Dois Sem, junto com Vincenzo Capelli.

Cinco vezes medalhista em Mundiais de Remo, ele foi provisoriamente suspenso pelo Tribunal Antidoping Italiano. Nesta terça-feira, veio outra punição: ele perdeu provisoriamente a cadeira que tinha no Conselho de Atletas da Federação Internacional de Remo (Fisa).

O escândalo tem impacto no esporte italiano não só porque Mornati ganhou cinco medalhas em cinco Mundiais, em três provas diferentes, mas principalmente pelo fato de ele ser irmão de Carlo Mornati, vice secretário-geral do Comitê Olímpico da Itália (Coni) e chefe da delegação italiana que viria ao Rio. Carlo também é o responsável pela preparação dos atletas do seu país pensando na Olimpíada.

O caso cresce em importância quando associado ao doping de Vincenzo Abbagnale, ex-campeão mundial sub-23, e membro da equipe de Oito da Itália. Ele falhou em três exames antidoping e recebeu 16 meses de suspensão. É filho do presidente da Federação Italiana de Remo, Giuseppe Abbagnale.