ROMA, 24 JUN (ANSA) – Um tribunal de Roma arquivou nesta sexta-feira (23) o inquérito contra os ex-ministros da Saúde Beatrice Lorenzin (2013-2018), Giulia Grillo (2018-2019) e Roberto Speranza (2019-2022) por conta da gestão do início da pandemia de Covid-19.
Os ex-titulares da pasta da Saúde foram acusados de omissões em atos oficiais por não terem feito as atualizações necessárias no documento nacional. Speranza era o ministro durante o período inicial da emergência sanitária, em 2020, e permaneceu no cargo até o ano passado. Já Grillo foi seu antecessor e Lorenzin ocupara o cargo antes dela.
A decisão do tribunal, que é relativa à parte da investigação iniciada pela Procuradoria de Bérgamo, significa que os três ministros não enfrentarão acusações criminais por causa da pandemia.
No decreto, os juízes escreveram que durante o interrogatório, Lorenzin, Speranza e Grillo destacaram que nunca receberam pedidos ou indicações quanto à necessidade de constituição do Comitê para a pandemia”.
Além disso, afirmaram que “as normas primárias indicadas não se referem à obrigatoriedade de constituição do Comitê Nacional de Pandemia”.
No início deste mês, um tribunal em Brescia arquivou uma investigação separada sobre Speranza e o ex-primeiro-ministro da Itália Giuseppe Conte (2018-2021) sobre a gestão da fase inicial da pandemia. Neste caso era apurado se supostas negligências do poder público permitiram que o novo coronavírus se alastrasse pelo norte da Itália, especialmente na província de Bergamo, uma das mais atingidas pela pandemia no país.
No entanto, os dois alegam que agiram de acordo com os dados científicos disponíveis e as opiniões de especialistas. (ANSA).