27/08/2021 - 15:21
ROMA, 27 AGO (ANSA) – O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, anunciou nesta sexta-feira (27) o endurecimento das medidas restritivas anti-Covid na região da Sicília a partir da próxima segunda-feira (30), em um esforço para conter o aumento de casos do coronavírus Sars-CoV-2 e internações.
A ordem executiva classifica o território no sul do país como “zona amarela”, que prevê o uso obrigatório de máscaras protetivas também ao ar livre, além da limitação de quatro pessoas por mesa em bares e restaurantes, inclusive em festas e comemorações.
Esta é a primeira vez que o governo italiano endurece as regras em qualquer região do país desde o dia 28 de junho, data em que todos os territórios foram incluídos na faixa branca, a mais branda.
“Esta é a confirmação de que o vírus ainda não foi vencido e que a prioridade é continuar a investir na campanha de vacinação e nas condutas corretas e prudentes de todos”, declarou Speranza.
A Itália, que está voltando a registrar um crescimento no número de casos de Covid e um aumento na pressão hospitalar, vai retomar o uso do sistema de cores, começando pela Sicília.
A Sicília registrou quase 1,7 mil casos nesta sexta-feira (27), a maior contagem entre as 20 regiões da Itália. Além disso, o território no sul do país tem a maior pressão hospitalar do país: a ocupação é de 20% na enfermaria e 11% na UTI.
De acordo com dados recentes, cerca de 62,8% dos sicilianos receberam a primeira dose da vacina anti-Covid e apenas 55,6% deles completaram o ciclo de imunização, o menor percentual da Itália.
“A incidência dos casos de Covid continua a crescer, embora ligeiramente, atingindo77 por 100 mil habitantes, enquanto que o Rt (índice de transmissão) tende a diminuir para 1,01”, explicou o diretor de Prevenção do Ministério da Saúde, Gianni Rezza, acrescentando que “algumas regiões estão se aproximando do limite crítico ou já o ultrapassaram, como a Sicília”.
Além da Sicília, outra grande ilha italiana, a Sardenha, também supera os percentuais, registrando 15% de ocupação na enfermaria e 12% na UTI, embora no momento permaneça na “zona branca”.
(ANSA)