ROMA, 06 DEZ (ANSA) – A atriz americana Pamela Anderson postou nesta quinta-feira (6) uma série de mensagens no Twitter criticando o ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, e afirmando que o país vive uma “nova forma de fascismo”.   

A ex-estrela de “Baywatch”, que hoje tem uma fundação que luta pelos “direitos humanos, animais e ambientais”, disse que a Itália é um “lindo país” e que “ama” sua comida, moda, história e arte, mas acrescentou que está “muito preocupada com as tendências atuais”, que remetem aos “anos 1930”.   

“O medo e a insegurança em todos os segmentos da sociedade, os ataques diários a refugiados e migrantes, a profunda crise econômica…”, escreveu Anderson no Twitter. Em seguida, ela fez uma comparação com os protestos dos “coletes amarelos” na França contra as políticas econômicas do presidente Emmanuel Macron.   

“Salvini disse recentemente que ‘Macron é um problema dos franceses’, dizendo que o que acontece na França com os protestos dos coletes amarelos diz respeito apenas aos franceses. Isso é errado. O que está acontecendo na França é um problema europeu, da mesma maneira que as medidas anti-imigrantes e a deriva rumo a uma nova forma de fascismo na Itália são um problema europeu”, afirmou a atriz.   

Para Anderson, a solução não é “mais Macron ou mais Salvini”.   

“Eles precisam um do outro e se autoalimentam. A única solução é um despertar pan-europeu através de fronteiras e nacionalidades, o que seria capaz de enfrentar a profunda crise econômica, social e ecológica na Europa de hoje”, concluiu.   

Participando de uma sabatina na ANSA, Salvini reagiu rápido às declarações de Anderson. “Hoje fui atacado por uma importante política americana, mas eu a preferia de maiô”, disse. O ministro também postou no Twitter uma imagem da estrela com a frase “Eu não estarei”, fazendo propaganda de um comício de seu partido, a Liga, previsto para o próximo sábado (8), em Roma.   

Salvini é o artífice do endurecimento das políticas migratórias da Itália e se tornou a principal figura do governo tanto no cenário nacional como no exterior. (ANSA)