Itália tem população cada vez menor e mais idosa, diz Censo

ROMA, 19 DEZ (ANSA) – Os dados definitivos do Censo 2024, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat), confirmam que a Itália é um país com população cada vez menor e mais idosa.   

O número de habitantes no “Belpaese” totalizou 58,9 milhões no ano passado, com uma redução de mais de 27 mil pessoas em relação a 2023, declínio que teria sido maior sem a contribuição da população estrangeira, que ultrapassou os 5 milhões de indivíduos, representando agora 9,1% do total.   

O cenário, porém, é geograficamente desigual. Enquanto o norte do país registra leve crescimento populacional em quase todas as regiões, o sul e as ilhas da Sardenha e Sicília sofrem declínio generalizado.   

Além disso, os números evidenciam uma pirâmide etária cada vez mais invertida. A população com 85 anos ou mais atingiu a marca de 2,41 milhões, um aumento de 90 mil em um ano. O índice de envelhecimento (pessoas com mais de 65 anos para cada 100 jovens de 0 a 14) saltou de 200% em 2023 para 208% em 2024.   

Em termos práticos, para cada criança com menos de seis anos, existem hoje seis idosos; em 2011, essa proporção era de menos de quatro para um. As mulheres são a maioria da população (51%), disparando na faixa etária mais avançada: entre os centenários, elas representam 82,4% do total.   

Na base desta pirâmide, a taxa de fecundidade caiu para o seu mínimo histórico, com uma média de 1,18 filho por mulher. O número de nascimentos em 2024 ficou abaixo de 370 mil, uma queda de 10 mil em relação a 2023. A redução é atribuída quase integralmente ao declínio de nascimentos em casais com ambos os pais italianos.   

Com uma idade média da população de 46,9 anos, a fotografia traçada pelo Istat é a de uma nação que caminha para ser menos populosa, muito mais idosa e com menos crianças em casa. (ANSA).