Itália tem mais 29.907 casos e 208 mortes em pandemia

SÃO PAULO, 1 NOV (ANSA) – A Itália registrou neste domingo (1º) mais 29.907 casos e 208 mortes na pandemia do coronavírus Sars-CoV-2, elevando os totais de contágios e óbitos para 709.335 e 38.826, respectivamente.   

De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, os números são menores que os do último sábado (31.758 casos e 297 mortes), mas domingo e segunda-feira costumam ter uma redução nas cifras devido ao represamento de dados do fim de semana.   

No domingo passado, a Itália havia registrado 21.273 contágios e 128 óbitos. Ainda segundo o Ministério da Saúde, o país tem 292.380 pacientes curados e 378.129 casos ativos, recorde desde o início da pandemia.   

Já o número de internados com Covid-19 em UTIs subiu para 1.939, maior número desde 27 de abril (1.956), ainda antes do fim do lockdown. A escalada da curva epidemiológica na Itália aumentou a pressão da comunidade científica por medidas mais drásticas, embora o governo resista à ideia de uma nova quarentena.   

“Precisamos de ações mais drásticas para achatar a curva epidemiológica e permitir que todos os italianos se curem”, disse à ANSA o presidente da Federação das Ordens dos Médicos, Filippo Anelli. Já a Ordem dos Médicos de Turim foi mais longe e pediu um lockdown “imediato”.   

A última medida tomada pelo governo italiano foi o fechamento de academias, cinemas e teatros e a proibição de restaurantes e bares funcionarem após as 18h. No entanto, um novo decreto já está sendo preparado pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte e será tema de uma reunião com governadores e prefeitos nesta segunda-feira (2).   

“Nessas 48 horas, vamos construir juntos o decreto em dois horizontes: medidas nacionais e medidas locais”, explicou o ministro da Saúde, Roberto Speranza. Uma das hipóteses cogitadas pelas regiões é limitar os deslocamentos de pessoas com mais de 70 anos, principal grupo de risco da Covid-19, e até um toque de recolher de alcance nacional.   

Cobrança do presidente – Em meio às discordâncias entre governo, regiões e prefeituras sobre os próximos passos, o presidente da República, Sergio Mattarella, visitou neste domingo a Lombardia, epicentro da pandemia na Itália, e cobrou que a classe política deixe de lado “partidarismos, protagonismos e egoísmos”.   

Segundo o chefe de Estado, é preciso “unir as forças de todos para defender a saúde das pessoas e garantir a retomada de nosso país”. (ANSA).