ROMA, 24 FEV (ANSA) – Este sábado (24) é dia de protestos políticos na Itália. Mais de uma dezena manifestações foram agendadas principalmente para Roma e Milão, às vésperas das eleições de 4 de março. Além de comícios de partidos, serão realizados protestos contra as legendas de extrema-direita e neofascistas italianas, as quais ganharam força nos últimos meses.   

Logo pela manhã, houve momentos de tensão no centro de Milão, onde, à tarde, será realizado um comício eleitoral do partido neofascista CasaPound. Cerca de 40 estudantes ocuparam o monumento a Giuseppe Garibaldi, no largo Cairoli, para protestar contra a ideologia de extrema-direita do CasaPound. A polícia foi acionada para conter os jovens, que acenderam rojões, fixaram faixas no monumento e entoaram “somos todos antifascistas”.   

Os militantes da CasaPound se reunirão hoje, às 15h locais, na via Beltrami, para a apresentação dos candidatos a primeiro-ministro da Itália e para os cargos no Parlamento. Ao todo, devem comparecer 400 pessoas ao evento, que se tornou alvo de protestos de grupos antagonistas e anarquistas.   

Também às 15h, iniciará um evento do partido de extrema-direita Liga Norte. Outro ato político programado para hoje foi o cortejo do partido Irmãos da Itália, liderado por Giorgia Meloni, que partiu às 10h locais.   

Já as manifestações antifascistas devem começar oficialmente às 14h locais, em Milão.   

Na capital, Roma, estão programados cinco protestos. O maior foi convocado pela Associação Partigiani (ANPI) contra o racismo e o fascismo, mas também saíram às ruas apoiadores da extrema-direita e antagonistas. Tensão – Vários episódios de violência envolvendo manifestantes de extrema-direita e movimentos antifascistas ocorreram na Itália nas últimas semanas nas cidades de Piacenza, Bolonha, Palermo, Perugia, Turim e Pisa. Por isso, é grande a preocupação das autoridades com possíveis confrontos durante as manifestações deste sábado. Em Roma, o tema central dos protestos é o antirracismo, enquanto, em Milão, é o antifascismo. (ANSA)

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