ROMA, 23 JUL (ANSA) – Um dia depois do governo italiano determinar a exigência do “passe verde” para atividades recreativas e culturais, em decreto que estará vigente a partir de 5 de agosto, a maior parte das regiões da Itália registrou uma alta expressiva nos agendamentos para a vacinação anti-Covid nesta sexta-feira (23). Algumas delas, inclusive, tiveram o dobro de pedidos do que é computado diariamente.   

A Lombardia, região mais afetada pela pandemia, registrou cerca de 49 mil agendamentos em 24 horas – bem mais do que as 28,3 mil contabilizadas um dia antes. Conforme dados do governo local, raros foram os dias no mês de julho em que as reservas haviam passado dos 15 mil por dia. Porém, desde que começaram a circular notícias de que o governo passaria a cobrar o “passe verde”, em 21 de julho, os números voltaram a subir.   

O governador do Piemonte, Alberto Cirio, afirmou que “os agendamentos dobraram de número desde que o governo anunciou a decisão”.   

Mesma situação ocorreu em Lazio, onde fica a capital Roma.   

Segundo uma nota oficial do governo, “desde o anúncio de ontem, nós recebemos 38 mil novos agendamentos para a vacinação, uma alta importante em uma região como Lazio, que superou hoje as 6,5 milhões de doses administradas e tem 62% da população adulta com o ciclo vacinal completo”.   

Um dos representantes da Unidade de Crise Regional da Campânia, Massimo Bisogno, também disse que o efeito foi sentido localmente. “A média era, nas últimas semanas, de quatro a cinco mil adesões por dia. Hoje, por volta das 15h30 [hora local], já eram oito mil reservas”, destacou ressaltando que quase metade da população – 2,7 milhões dos 5,7 milhões de moradores – já completou o ciclo vacinal.   

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Também dobraram a quantidade de reservas as regiões do Vêneto, Púglia, Abruzzo, Friuli Veneza Giulia e Marcas.   

O decreto do premiê Mario Draghi determina que será necessário apresentar o “passe verde” para ir a restaurantes e bares, espetáculos ao ar livre, centros termais, piscinas públicas, academias, feiras, congressos, concursos, teatros e cinemas a partir de agosto.   

O certificado consiste na comprovação de que a pessoa tomou a primeira dose de uma das vacinas disponíveis (ou a dose única da Janssen) há pelo menos 15 dias; ou que se curou da Covid-19 nos seis meses anteriores; ou de pessoas que testem negativo em exames PCR ou de antígeno nas 48 horas anteriores à entrada no estabelecimento.   

Segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde, atualizados às 12h58 desta sexta-feira, o país aplicou 64,1 milhões de doses das vacinas disponíveis (Pfizer/BioNTech, Moderna, Oxford/AstraZeneca e Janssen). Já a quantidade de cidadãos completamente imunizados soma 29,1 milhões, o que representa 54,06% da população-alvo (pessoas acima de 12 anos).   

Desde a metade do mês de maio, quando o país acelerou a campanha vacinal, a Itália vem aplicando cerca 3,7 milhões de doses por semana. (ANSA).   


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