ROMA, 05 DEZ (ANSA) – Em quase 20 anos, a Itália registrou 19 mil mortes relacionadas a eventos meteorológicos extremos, que provocaram também uma perda econômica de US$ 32,9 bilhões, de acordo com um levantamento da Germanwatch ao qual a ANSA teve acesso.   

O estudo, batizado de “Climate Risk Index”, analisou o período de 1999 a 2018 e considerou fenômenos climáticos como tempestades, alagamentos, deslizamentos de terra e ondas de calor. Somente em 2018, os eventos climáticos mataram 51 pessoas na Itália e provocaram um prejuízo de US$ 4,18 bilhões. Levando em consideração todo o período desde 1999, o país ocupa a 20ª posição entre os mais afetados por esses fenômenos.   

O relatório foi publicado paralelamente à Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP25, que acontece em Madri, na Espanha, até 13 de dezembro, e tem como meta discutir políticas contra o aquecimento global. Porto Rico, Sri Lanka e Dominica foram os locais mais afetados por eventos meteorológicos em 2017, segundo o “Climate Risk Index”. A Itália está na 35ª colocação do ranking daquele ano, com 28 mortes e perdas avaliadas em US$ 3 bilhões. Nesta quinta-feira (5), o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse que o governo “trabalha” para atingir as metas dos acordos assinados no âmbito internacional. “Nós trabalhamos para respeitar os parâmetros de redução de CO2, conforme indicado no Acordo de Paris, para atingir os objetivos da Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas”, afirmou, em uma coletiva em Roma durante o Dia Mundial do Solo. (ANSA)