ROMA, 18 SET (ANSA) – A Itália relembrou nesta terça-feira (18) os 80 anos do anúncio das leis raciais do regime fascista de Benito Mussolini, que deram as diretrizes para a perseguição contra judeus no país.   

Os decretos foram sancionados pelo rei Vittorio Emanuele III e marcaram a aproximação definitiva com o nazismo alemão. Era 18 de setembro de 1938 quando Mussolini subiu em um palanque em Trieste e anunciou o conteúdo das leis contra os judeus, que seriam proibidos de possuir empresas, terrenos e imóveis de determinado valor, de trabalhar no poder público, de prestar serviço militar e de se casar com pessoas de outra religião.   

Antes disso, no início de setembro, já havia entrado em vigor o decreto que impedia judeus de frequentarem instituições de ensino. “18/9/1938: uma página negra de nosso país. Mussolini, em Trieste, anunciou a iminente promulgação das leis raciais. 80 anos depois, devemos preservar a memória dessa ferida”, escreveu o primeiro-ministro Giuseppe Conte no Twitter.   

Na próxima quinta (20), a Universidade de Pisa reunirá os reitores de diversas instituições de ensino italianas para pedir desculpas aos judeus por sua colaboração com o fascismo. As leis se basearam no “manifesto da raça”, documento que usava argumentos pretensamente científicos para vender a falsa ideia de uma “raça italiana de origem ariana”. (ANSA)


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