ROMA, 1 ABR (ANSA) – Um estudo divulgado nesta quinta-feira (1º) pela agência católica de notícias SIR informou que 269 padres morreram durante o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus Sars-CoV-2 na Itália.   

De 1º de março de 2020 a 1º de março de 2021, o clero diocesano “pagou caro” por sua proximidade com as pessoas, sua presença nos ambientes mais expostos ao vírus e pela fragilidade de ter religiosos com idades avançada.   

Ao todo, 958 sacerdotes faleceram durante o ano de 2020, sendo 269 em decorrência da Covid-19. O número total equivale a um aumento de 30% na quantidade de mortes em comparação ao ano anterior, quando foram registradas 742 vítimas.   

De acordo com o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), a região Norte é a que apresenta mais óbitos de padres, cerca de 78% do total. O ranking é liderado pela Lombardia, com 88 vítimas (33%), seguida de Emilia-Romagna, com 36 mortes (14%), Trentino Alto Ádige, com 28 (10%), Piemonte, com 22 (8%), e Vêneto, com 17 (6%). Já entre os territórios no Centro (11%) e Sul (11%) aparecem Marcas, com 15 padres mortos (6%), Campânia, com 12 (4%), e Úmbria, com 7 vítimas (3%). As ilhas da Sicília e Sardenha contabilizaram 10 e 4 falecimentos, respectivamente.   

Os dados revelam que 86 de 225 dioceses (38%) foram afetadas pela emergência sanitária provocada pelo coronavírus Sars-CoV-2.   

A cidade italiana de Bergamo foi a que pagou o preço mais alto em termos de luto, com 27 padres falecidos. Na sequência estão Milão e Brescia (18 mortes cada), Trento (17), Bolzano (11), Cremona (9), Parma (8), Como (7), Pádua (7), Piacenza (6), Lodi (6), Gênova (6), Reggio Emilia (6), Udine (6), entre outras dioceses.   

Na capital italiana, por sua vez, ocorreu apenas uma morte de sacerdote em todo o clero no ano passado.   

Além disso, a propagação do coronavírus quase eliminou a modesta rotatividade de padres garantida pelas novas ordenações, que eram de 299 em 2020.   

Atualmente, a Itália colocou 71% da população nacional em regime de lockdown para conter a propagação do vírus, que já deixou 109.847 mortos e 3.607.083 casos desde o início da crise sanitária. (ANSA)