REGGIO CALABRIA, 7 AGO (ANSA) – Subiu para 16 o número de mortes provocadas pela febre do Nilo Ocidental na Itália desde o início do ano, informaram as autoridades sanitárias nesta quinta-feira (7).
O óbito mais recente é o primeiro registrado na região da Calábria, no sul da Itália. Trata-se de um idoso de 80 anos de Riace, que foi internado nos últimos dias no departamento de doenças infecciosas do Hospital de Reggio Calabria para tratar uma encefalite.
Os médicos confirmaram que o homem estava infectado pelo vírus do Nilo Ocidental logo depois de sua hospitalização. Após a morte, o prefeito de Riace, Mimmo Lucano, ordenou um programa de desinfecção em todo o município nesta noite.
Além da vítima na Calábria, outras pessoas já perderam a vida em decorrência da doença no Lazio (7), Campânia (7), sul da península, e no Piemonte (1), no norte. Todas as vítimas eram idosos com comorbidades.
A febre do Nilo Ocidental (nome que faz referência à região da África onde foi descoberta) tem origem tropical e é transmitida por mosquitos, cuja circulação tem aumentado na Itália e na Europa como um todo. Um dos motivos para isso é a crise climática, que tem provocado verões mais longos e intensos no continente.
O vírus não é transmitido de pessoa para pessoa, mas existe uma pequena possibilidade de contágio via transfusão de sangue.
Na maioria dos casos, os pacientes sofrem somente sintomas leves, mas a doença pode ser perigosa para indivíduos frágeis, como idosos, imunossuprimidos ou com patologias crônicas.
Nas situações mais graves, os sintomas incluem febre alta, cefaleia intensa, fraqueza muscular, desorientação, tremores, distúrbios na visão, convulsões e coma. Também existe o risco de efeitos neurológicos permanentes.
O governo da Itália assegura que a doença está “sob controle” e que os dados de 2025 estão em linha com os anos anteriores.
(ANSA).