ROMA, 22 JUN (ANSA) – Por Marco Maffettone – “O martelo da meia-noite”, a ação dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã, fez os níveis de alarme dispararem, em um efeito dominó em escala global, também na Itália.
O alerta máximo já está em vigor há dias na Itália, desde o início da crise, mas o que aconteceu na noite de sábado (21) para domingo (22) mudou o panorama do conflito, tornando necessário um aumento ainda maior da atividade de controle.
Há mais de 29 mil alvos sensíveis sob vigilância, dos quais mais de 10 mil são infraestruturas críticas e cerca de mil dizem respeito a interesses dos EUA e de Israel.
Decisões tomadas em um longo e complexo dia na frente da segurança, que começou nas primeiras horas da manhã no Palazzo Chigi com a reunião entre a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, os ministros envolvidos e os líderes de inteligência.
Os planos já em vigor incluem um reforço constante da vigilância em locais públicos de grande circulação: museus, monumentos, eventos culturais, concertos, eventos desportivos e áreas turísticas estratégicas. Em geral, locais de interesse ou eventos que atraem um grande número de pessoas.
As autoridades locais também se envolveram no reforço das iniciativas de prevenção e controle, intensificadas nas principais cidades, bem como na capital, com especial atenção às medidas de combate ao terrorismo.
A informação foi revelada pelo Palácio do Viminale, ao final das reuniões operacionais ao mais alto nível: trabalho de análise no Comité Estratégico Antiterrorismo e planejamento de atividades no Comitê Nacional de Ordem e Segurança, presidido pelo ministro do Interior, Matteo Piantedosi, do qual participaram os chefes das forças policiais, agências de inteligência e estruturas de segurança cibernética.
“Durante a reunião, foram apresentados os resultados das recentes atividades investigativas e definidas novas diretrizes operacionais em relação aos potenciais impactos na segurança nacional resultantes da crise no Oriente Médio e da deterioração do quadro geopolítico internacional”, explica o Ministério do Interior italiano.
Por isso, é dada especial atenção aos alvos americanos presentes no território: os dispositivos nas bases militares americanas na Itália, de Aviano a Sigonella, foram reforçados. Procedimentos também foram acionados para garantir a segurança dos soldados americanos que servem nas instalações.
A escalada militar no quadrante do Oriente Médio ocorre em meio ao ano do Jubileu. As medidas de segurança na área do Vaticano, assim como em muitas partes da capital, foram ainda mais reforçadas.
A vigilância também foi intensificada para eventos programados, em particular para os eventos do Ano Santo. A atenção máxima é reservada para possíveis alvos americanos e israelenses, no total cerca de mil já monitorados, mas sobre os quais agora haverá uma conscientização sobre as medidas em vigor.
Os locais ligados aos interesses dos EUA são decididamente mais numerosos do que as estruturas dos outros países envolvidos na crise: são escritórios diplomáticos, consulados, escritórios culturais, empresas americanas, redes comerciais, companhias aéreas e agências de viagens especializadas.
Também são monitorados alvos judeus e israelenses, cerca de 250 na Itália, que sempre estiveram sob vigilância especial. (ANSA).