ROMA, 17 MAI (ANSA) – O Conselho de Ministros da Itália decidiu nesta segunda-feira (17) reduzir o toque de recolher noturno das 22h para às 23h e relaxar outras medidas restritivas impostas para conter a Covid-19 em regiões com menor risco epidemiológico.   

A decisão foi aprovada, por unanimidade, pelo governo do primeiro-ministro Mario Draghi, em linha com um plano de afrouxar gradualmente as restrições em todo o país.   

O texto prevê ainda que, a partir de 7 de junho, o toque de recolher será iniciado à meia-noite e, no dia 21, totalmente abolido.   

Outra grande mudança é a eliminação do toque de recolher nas chamadas zonas brancas, que tem índices baixíssimos de casos, mantendo apenas a obrigatoriedade do uso de máscaras e do distanciamento social. São elas: Friuli Venezia Giulia, Molise e Sardenha.   

Além disso, a partir de 1º de junho, os restaurantes e bares poderão reabrir para almoços e jantares em ambientes fechados e, a partir do dia 15 do mesmo mês, haverá a liberação para festas de casamento mediante o “passe verde”, ou seja, apenas de vacinados ou com pessoas em posse de exames negativos para o coronavírus Sars-CoV-2.   

Os centros comerciais e shopping poderão reabrir nos fins de semana e nos feriados a partir de 22 de maio. Já no dia 24, serão retomadas as atividades em academias, enquanto que em 1º de julho haverá a reabertura das piscinas.   

A presença do público é autorizada para todos os eventos e competições esportivas ao ar livre a partir de 1º de junho e um mês depois em ambientes fechados dentro dos limites já fixados (capacidade até 25% da máxima).   

As atividades em salões de dança, discotecas e afins, ao ar livre ou em ambientes fechados, permanecem suspensas. Já os teleféricos serão reabertos a partir do dia 22 de maio, com protocolos sanitários.   

O decreto, que deve entrar em vigor na próxima quarta-feira (19), ainda precisa ser assinado pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella.   

“Houve um acordo total sobre as medidas, acabamos de aprovar o decreto. Há uma tentativa de dar normalidade a um país que se vacina”, afirmou o chefe da delegação do Movimento 5 Estrelas (M5S), Stefano Patuanelli.   

Atualmente, 19 das 20 regiões italianas foram classificadas como zona amarela, a menos restritiva. Somente o Vale de Aosta está na laranja, o terceiro nível de risco mais alto.   

Com a aprovação do novo decreto, os parâmetros para determinar a classificação do sistema de cores também serão modificados.   

Agora, as autoridades sanitárias vão utilizar a incidência da doença na região e a taxa de internação, tanto na terapia intensiva quanto na área médica, e não mais o índice de transmissão (RT). (ANSA)