ROMA, 22 MAI (ANSA) – O comissário extraordinário para a emergência de Covid-19 na Itália, Francesco Figliuolo, divulgou na noite desta sexta-feira (21) o novo plano com as diretrizes para a campanha nacional de vacinação contra a doença e que convida as regiões a “aumentar de maneira gradual” a descentralização dos pontos de imunização.   

O documento pontua que é preciso envolver mais médicos e farmacêuticos, além de outros profissionais do setor da saúde para “as vacinações diárias, mantendo, em uma fase intermediária e de transição do desenvolvimento do plano, completamente o funcionamento dos centros de vacinação”.   

A ideia é começar a fazer a transição dos hubs para as estruturas sanitárias já existentes como uma forma de “descentralizar” a imunização. Atualmente o país conta com cerca de 2,6 mil pontos de vacinação em todo o território nacional.   

“A eficácia da campanha vacinal é diretamente correlacionada com a rapidez com que é desenvolvida (visão quantitativa), mas também à imunização eficaz dos alvos na população mais suscetíveis a desenvolver formas graves da doença (visão qualitativa). Por isso, vacinar rapidamente o maior número de pessoas é um requisito importante tendo sempre como prioritário a finalização da cobertura da população vulnerável e frágil”, disse ainda Figliuolo no documento.   

Desde abril, o governo italiano colocou como meta vacinar ao menos 500 mil pessoas por dia, mas o índice só começou a ser atingido de maneira regular essa semana.   

Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, atualizado à 1h14 deste sábado (22), o país já administrou 29.969.854 doses das quatro vacinas disponíveis (Pfizer/BioNTech, Moderna, Oxford/AstraZeneca e Janssen). Já as pessoas que completaram a imunização são 9.759.934, o que representa 16,47% da população italiana.   

No entanto, a Itália ainda não conseguiu vacinar totalmente a população com mais de 80 anos, a que mais registrou mortes desde o início da crise sanitária.   

Conforme boletim divulgado nesta sexta-feira, 89,6% das pessoas nessa faixa etária receberam uma dose e 79,69% completaram o ciclo vacinal. Já entre aqueles idosos que moram em centros de atendimento médicos e asilos, 98% receberam ao menos uma dose.   

(ANSA).