A Itália, presidente de turno do grupo de países mais ricos, o G20, propôs organizar “uma cúpula” dedicada à crise no Afeganistão, anunciou nesta terça-feira (24) o chanceler Luigi Di Maio.

“Estamos trabalhando a hipótese de uma cúpula ad hoc sobre o Afeganistão, com o objetivo de promover um debate profundo”, disse Di Maio ao Parlamento e à margem da reunião telemática do G7.

“Teremos que buscar alianças e envolver todos os atores, principalmente os da região (…), além de China e Rússia”, destacou o ministro italiano.

O Afeganistão caiu nas mãos do Talibã após uma ofensiva meteórica, inclusive antes de expirar o prazo estabelecido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para a retirada das últimas tropas americanas, em 31 de agosto.

Essa vitória relâmpago provocou uma grave crise, o que dificultou a retirada de diplomatas, soldados e colaboradores afegãos.

O prazo de 31 de agosto “não é suficiente” para retirar do país “todos os que quiserem sair”, alertou o chanceler alemão Heiko Maas nesta terça-feira.

Nesse contexto, a “Itália decidiu tomar a iniciativa para conseguir uma coordenação, no marco do G20, que permita monitorar a situação de forma mais eficaz”, explicou Di Maio.

“O Afeganistão também será o tema central da reunião prevista com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na sexta-feira”, acrescentou.

“O G20 pode ser uma plataforma multilateral importante para a gestão responsável e coordenada dos desafios globais”, afirmou o chanceler.