SÃO PAULO, 12 MAI (ANSA) – Guarda-sóis separados por cinco metros de distância, entrada com reserva, higienização constante. Apesar do alívio provocado pela redução dos contágios pelo novo coronavírus, a Itália se prepara para um verão diferente entre junho e setembro para evitar aglomerações em seus mais de 7 mil quilômetros de litoral.   

O Comitê Técnico-Científico (CTS) que assessora o governo italiano no combate à pandemia de Covid-19 aprovou um documento que reúne diretrizes para garantir uma reabertura segura das praias para os banhistas.   

O relatório foi preparado pelo Instituto Nacional para Garantia contra os Infortúnios no Trabalho (Inail) e pelo Instituto Superior da Saúde (ISS), órgãos subordinados ao governo. Segundo comunicado oficial, o objetivo é “fornecer à autoridade política elementos sobre as medidas de contenção do vírus”.   

Para os estabelecimentos balneários e praias sob concessão para a iniciativa privada, o documento recomenda que a entrada de banhistas seja controlada e com reserva obrigatória, “inclusive por faixa horária”.   

“Para garantir o correto distanciamento social na praia, a distância mínima aconselhada entre as fileiras de guarda-sóis é de cinco metros, e aquela entre os guarda-sóis da mesma fileira é de quatro metros e meio. Também é oportuno privilegiar a destinação do mesmo guarda-sol aos mesmos ocupantes que reservam por mais de um dia”, diz o documento.   

Para cadeiras ou espreguiçadeiras, a distância mínima recomendada é de dois metros, mas apenas entre grupos que ocupam guarda-sóis diferentes. O relatório também destaca que é necessário higienizar todos os equipamentos antes de entregá-los a outros usuários e recomenda evitar “atividades lúdico-esportivas que possam gerar aglomerações e jogos de grupo”.   

Praias abertas – Já para as praias públicas, os institutos propõem o mapeamento das áreas, inclusive com o posicionamento de fitas na areia para garantir que os guarda-sóis dos banhistas respeitem as mesmas distâncias válidas para os balneários sob concessão.   

“Isso permitirá identificar a capacidade máxima da praia, também com faixas horárias e reservas para os espaços definidos, inclusive por meio de aplicativos ou plataformas online”, sugere o documento, que também recomenda a limpeza e higienização da praia e de equipamentos de uso comum, como banheiros.   

As recomendações serão analisadas pelo governo, que deve divulgar nos próximos dias as diretrizes para garantir a segurança sanitária nas praias do país. (ANSA)