ROMA, 26 JUN (ANSA) – O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, afirmou neste sábado (26) que é preciso haver uma “coordenação internacional” para controlar e monitorar o avanço da variante Delta do coronavírus Sars-CoV-2, considerada altamente contagiosa.   

“Nós temos, claramente, a máxima atenção sobre todas as variantes. Mas, acreditamos que haja a necessidade de um trabalho coordenado em nível internacional para seguir com muitíssima atenção a evolução da variante Delta. A Itália está investindo o máximo possível no sequenciamento, no rastreamento e continuará fazendo isso”, disse Speranza após uma reunião política em Nápoles.   

Segundo o Instituto Superior da Saúde (ISS), em boletim divulgado nesta sexta-feira (25), a mutação da Covid-19 localizada primeiramente na Índia já representa 16,8% dos novos casos da doença no país. A Alpha, originária do Reino Unido, é a mais dominante, com 74,9%, e a Gamma, detectada no Brasil, representa 6,5%.   

No entanto, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou para os riscos da rápida disseminação da Delta. Reino Unido e Israel, países que têm índices de vacinação altíssimos, vêm registrando uma alta nos contágios e atribuem o aumento à essa variante específica. A única boa notícia é que as internações e mortes não estão subindo.   

Speranza ressaltou que a Itália também está acelerando a vacinação com as duas doses para garantir uma maior proteção da população e destacou que, nos últimos dois dias, foram aplicadas quase 1,2 milhão de doses no país.   

Já em Nápoles, onde a vacinação parou em 62% e há muitas pessoas que não foram tomar a segunda aplicação, o ministro fez um apelo para que os napolitanos se vacinem “porque essa é a única grande arma que temos para fechar esse momento difícil e abrir uma nova”.   

A Itália se aproxima das 49 milhões de doses dos quatro imunizantes usados no país aplicadas e 17,2 milhões de pessoas já completaram o ciclo vacinal – o que equivale a 32% da população-alvo (acima dos 12 anos). (ANSA).