ROMA, 17 AGO (ANSA) – O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, comunicou nesta sexta-feira (17) a empresa Autostrade que iniciou oficialmente o procedimento para a retirada de concessão da gestão das estradas italianas e a acusou de ser responsável pela tragédia em Gênova.
Em comunicado, Conte afirmou que a companhia do grupo Atlantia, “que tinha a obrigação de ocupar-se da manutenção ordinária e extraordinária da autoestrada A10”, é a responsável pela “tragédia da queda da ponte”, que provocou a morte de dezenas de pessoas.
“A empresa terá a possibilidade de comunicar as suas conclusões nos próximos 15 dias”, acrescenta a nota do premier.
A decisão acontece em meio as investigações para definir as causas do desabamento da Ponte Morandi. Com base em informações preliminares, as autoridades italianas suspeitam que o acidente ocorreu após a ruptura de um dos cabos de aço da ponte. Segundo o último balanço oficial, a tragédia deixou 38 mortos, 15 feridos e cinco desaparecidos, além de mais de 600 desabrigados.
Neste sábado, o governo italiano fará um funeral em homenagem as vítimas. A cerimônia oficial será realizada pelo arcebispo de Gênova, cardeal Angelo Bagnasco, e contará com a presença dos principais políticos do país, incluindo o presidente da República, Sergio Mattarella.
No entanto, em forma de protesto, pelo menos 18 famílias das vítimas se negaram a participar do funeral do Estado. Somente 14 serão veladas na celebração no Pavilhão Jean Nouvel, em Gênova.
(ANSA)