RIMINI E ROMA, 20 AGO (ANSA) – Potencial alvo do Estado Islâmico (EI), a Itália tratou neste domingo (20) de minimizar as novas ameaças feitas por simpatizantes do grupo terrorista, que voltaram a divulgar apelos por um atentado no país.   

No último sábado (19), mensagens postadas em um canal pró-EI no aplicativo Telegram sugerem que a Itália, um dos maiores símbolos da civilização ocidental, seja o próximo alvo dos ataques da milícia na Europa.   

“Não acredito na propaganda de alguns sites islâmicos”, declarou o primeiro-ministro Paolo Gentiloni, durante um encontro organizado pelo movimento católico Comunhão e Libertação em Rimini, na costa leste italiana. “Mas estou ciente de que nenhum país, muito menos a Itália, pode se sentir protegido da ameaça”, acrescentou.   

Roma é membro da coalizão internacional que combate a milícia jihadista, oferecendo suporte principalmente para operações na Líbia e na região de maioria curda do Iraque. Além disso, abriga o Vaticano, base da Igreja Católica.   

Das cinco maiores potências da Europa Ocidental, a Itália é a única que não sofreu atentados do Estado Islâmico, ao contrário de Alemanha, Reino Unido, França e Espanha, países que também integram a coalizão que combate o grupo no Oriente Médio.   

“É claro que nosso nível de atenção permanece altíssimo. Não é a primeira vez que a Itália é ameaçada pelo EI, e não devemos tomar uma ameaça como uma ação em curso”, reforçou o ministro do Interior Angelino Alfano, que está em Barcelona para visitar italianos feridos no atentado nas Ramblas.   

“O risco zero não existe, mas nosso trabalho consiste em diminuir esse coeficiente de risco”, salientou. Já Gentiloni ainda ressaltou que o Estado Islâmico foi “derrotado”, uma vez que vem perdendo territórios na Síria e no Iraque. “Mas sua ameaça continua e diz respeito a todos”, acrescentou.   

Atualmente, o alerta contra o terrorismo na Itália está no nível dois, que é imediatamente anterior ao de um “ataque em curso”.   

(ANSA)