ESTRASBURGO, 8 ABR (ANSA) – Um relatório divulgado nesta quinta-feira (8) apontou que as prisões italianas são as mais superlotadas da União Europeia.
O levantamento é publicado anualmente pelo Conselho da Europa, organização internacional de defesa dos direitos humanos, e diz que, no fim de janeiro de 2020, a Itália registrava 120 detentos para cada 100 vagas em seu sistema carcerário.
Considerando todos os membros do Conselho da Europa, a Turquia tem a pior situação, com 127 presos para cada 100 vagas. No entanto, levando em conta apenas os países da UE, ninguém supera a Itália.
Em seguida aparecem Bélgica (117 presos/100 vagas), França (116/100), Chipre (116/100), Hungria (113/100) e Romênia (113/100). Segundo Marcelo Aebi, responsável pelo relatório, a Itália tem dois caminhos para resolver o problema da superlotação carcerária: “reduzir a duração das penas” e “construir mais cadeias”.
Em 2016, há cinco anos, a Itália tinha 110 detentos para cada 100 postos no sistema carcerário. Como o relatório diz respeito a dados de janeiro de 2020, ele ainda não reflete as medidas aprovadas pelo governo para reduzir a população penitenciária durante a pandemia do novo coronavírus.
Em março do ano passado, foi instituída uma regra que autoriza prisão domiciliar para detentos condenados por crimes de menor gravidade e com menos de 18 meses para descontar. (ANSA).