ROMA, 8 MAR (ANSA) – O governo da Itália liberou nesta segunda-feira (8) 200 milhões de euros para investir na reconversão industrial de empresas interessadas em produzir vacinas anti-Covid no país.   

O decreto é firmado pelo ministro do Desenvolvimento Econômico, Giancarlo Giorgetti, do partido de ultradireita Liga, e faz parte da estratégia do gabinete do premiê Mario Draghi de incentivar a produção interna para reduzir a dependência italiana de vacinas importadas.   

Hoje a Itália é abastecida por imunizantes anti-Covid da Pfizer, da Moderna e da AstraZeneca, mas as três empresas têm apresentado problemas para cumprir o cronograma de entregas no país e no restante da União Europeia.   

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Econômico, o decreto libera “imediatamente” 200 milhões de euros para intervenções de pesquisa e readequação industrial para a produção de vacinas.   

O governo tem feito reuniões periódicas com a indústria farmacêutica italiana para discutir o assunto, mas as empresas dizem que são necessários de quatro a seis meses para iniciar a produção nacional de imunizantes.   

O objetivo seria fabricar na Itália as vacinas das empresas que já têm acordo com a UE, que pretende facilitar o licenciamento temporário para outras companhias que não desenvolveram imunizantes próprios.   

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Até o momento, a Itália já aplicou 5,42 milhões de vacinas, porém apenas 1,65 milhão de pessoas receberam as duas doses, o que equivale a menos de 3% da população nacional.   

A escassez de imunizantes já fez o governo italiano bloquear uma remessa de 250 mil doses da AstraZeneca para a Austrália, alegando que a multinacional está inadimplente com o cronograma de distribuição no país. (ANSA).   


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