ROMA, 24 AGO (ANSA) – A Itália lembrou neste domingo (24) o nono aniversário do terremoto de Amatrice, que provocou 299 mortes em 24 de agosto de 2016 e desencadeou uma longa sequência sísmica no centro do país.
Com magnitude 6.0 na escala Richter, o tremor levou ao chão o centro histórico da pequena cidade de Amatrice, que é conhecida como berço do molho à amatriciana, além de ter destruído a vizinha Accumoli.
Hoje, a Prefeitura de Amatrice recordou a data com uma mensagem na qual destaca grande emoção e o senso de responsabilidade diante das expectativas da população e das demandas de uma reconstrução que precisa ser acelerada.
“Este aniversário foi marcado pela primeira vez pela recusa em convidar formalmente instituições”, diz o comunicado, acrescentando que a decisão foi tomada por dois motivos: “dar dignidade exclusiva à dor e ao luto de toda uma comunidade” e enviar “um forte sinal de diálogo à política”.
Após a vigília realizada durante a noite, com procissão de tochas até o centro histórico, o retorno ao Parque Don Minozzi, a leitura dos nomes das vítimas às 3h36 e o toque do sino, ocorreu também uma cerimônia solene de deposição de coroas de flores pelo governo no monumento às vítimas do terremoto, também no Parque Don Minozzi.
Logo em seguida, foi celebrada a missa no Palazzetto dello Sport, presidida pelo bispo de Rieti, Vito Piccinonna, que em sua homilia enfatizou a necessidade de planejar o futuro em espírito de comunhão e solidariedade.
Além do prefeito Giorgio Cortellesi, estavam presentes, “a título pessoal”, o comissário Guido Castelli, a vereadora Manuela Rinaldi e o senador Paolo Trancassini.
“Este é o momento da conscientização, de uma reconstrução realista, não ilusória ou demagógica”, afirmou Cortellesi.
“Devemos acelerar a reconstrução, o desenho da cidade do futuro, desde serviços modernos e eficientes até a infraestrutura, sempre com o espírito de unidade que deve caracterizar uma comunidade resiliente como a nossa. E todos devem fazer a sua parte, ninguém excluído”.
O terremoto de 24 de agosto de 2016 matou 238 pessoas em Amatrice, 11 em Accumoli e 50 em Pescara del Tronto, distrito de Arquata del Tronto. (ANSA).