GENOVA, 14 AGO (ANSA) – A Itália lembra nesta quinta-feira (14) os sete anos da queda da ponte Morandi, na cidade de Gênova, que deixou 43 mortos e 16 feridos em 14 de agosto de 2018.
“O desabamento da ponte Morandi chama atenção para a responsabilidade pública e privada quanto à segurança de infraestrutura. Marcou um ponto sem retorno para práticas que levaram a um desastre dessa magnitude”, escreveu o presidente italiano, Sergio Mattarella, em mensagem à prefeita da capital da Ligúria, Silvia Salis.
Mattarella ainda destacou que “a rápida reconstrução de um trecho rodoviário tão importante, a ponte Gênova San Giorgio, foi um ato de recomeço”, referindo-se a nova estrutura que substituiu o viaduto Morandi em 2020.
Já a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, citou a data como “uma catástrofe que ficará para sempre na memória de nosso povo”.
“Ao mesmo tempo, ainda está viva a sede por verdade e justiça, reivindicada pelos familiares das vítimas e apoiada pelos italianos”, acrescentou a premiê, ressaltando que “apurar responsabilidades pelo ocorrido, identificar falhas e omissões e fornecer respostas definitivas são obrigações morais e civis que não podem ser ignoradas”.
Parentes das vítimas e outros manifestantes fizeram nesta manhã um minuto de silêncio no local do desabamento. Já na ponte Gênova San Giorgio, coroas de flores foram depositadas sob a nova ponte, onde foi construído um memorial.
“É sempre muito difícil suportar a perda de nossos entes queridos, mas este ano sentimos a dor ainda com mais força”, disse hoje o parente de uma vítima.
Inaugurada em 1967, a ponte Morandi pertencia a um trecho da estrada A10, que conecta a capital lígure ao município de Ventimiglia, na fronteira com a França.
No dia 14 de agosto de 2018, a parte da estrutura que cruzava o rio Polcevera e a zona industrial do bairro de Sampierdarena desabou no momento em que diversos carros e caminhões atravessavam o local.
Segundo as investigações, as causas do acidente estão relacionadas a uma corrosão nos aços dos cabos de concreto que sustentavam a construção. (ANSA).