PARMA, 15 SET (ANSA) – Começou na cidade de Parma, na Itália, o julgamento de Chiara Petrolini, estudante de 22 anos acusada de matar dois filhos recém-nascidos e de sepultá-los no jardim de sua casa em Traversetolo, pequeno município de menos de 10 mil habitantes.
O caso eclodiu em agosto de 2024, quando investigadores encontraram o cadáver de um menino enterrado no quintal da residência. Mais tarde, foram descobertos os restos mortais de outro recém-nascido morto no ano anterior.
O inquérito revelou que Petrolini escondeu as duas gestações da família e de seu então namorado, Samuel Granelli. De acordo com o Ministério Público, ela deu à luz sozinha, matou os dois bebês logo após os nascimentos e os enterrou com as próprias mãos no jardim de casa.
O segundo parto ocorreu dois dias antes de a jovem viajar de férias com os pais para Nova York, nos Estados Unidos. Em uma conversa gravada pela polícia em agosto de 2024, após ela ter sido notificada sobre a investigação, Petrolini diz aos genitores que “ninguém sabia de nada” e que ela fez “tudo sozinha”.
A estudante alega, no entanto, que os dois bebês eram natimortos. Durante uma audiência nesta segunda-feira (15), Petrolini chegou a abandonar o tribunal quando a acusação exibiu a foto do menino encontrado morto em agosto de 2024.
Granelli também não quis ver a imagem e deixou a sala.
Recentemente, ele reconheceu os dois filhos e assinou suas certidões de nascimento e óbito, dando a eles os nomes de Angelo Federico e Domenico Matteo, com a participação de Chiara.
Um tenente-coronel da delegacia da Arma dos Carabineiros em Traversetolo depôs no processo nesta segunda e contou que amigos de Petrolini relataram um estilo de vida incompatível com uma gravidez, com consumo frequente de álcool, cigarros e maconha.
“Todos excluíram da maneira mais categórica que Chiara Petrolini pudesse estar grávida”, relatou o policial.
Enquanto isso, a jovem segue em prisão domiciliar e com tornozeleira eletrônica. (ANSA).