ROMA, 15 OUT (ANSA) – A Autoridade Antitruste da Itália abriu uma investigação contra a subsidiária italiana da gigante do tabaco Philip Morris por possíveis práticas comerciais desleais na promoção de seus produtos.
Segundo as autoridades locais, a empresa teria utilizado termos “pouco claros e incompletos” para atrair consumidores, ao se referir a produtos que, embora não envolvam combustão, ainda podem ser prejudiciais à saúde.
“Além disso, não são menos nocivos do que outros produtos e podem levar à dependência”, afirmou o órgão antitruste italiano.
A subsidiária italiana da Philip Morris, que foi alvo de operações de busca e apreensão em diversos endereços, teria utilizado frases como “sem fumaça”, “um futuro sem fumaça” e “produtos sem fumaça” em algumas de suas campanhas promocionais.
Em comunicado, a empresa declarou que “sempre agiu em conformidade com as normas vigentes e está convencida de que suas comunicações são factuais, verdadeiras e totalmente consistentes com as normas italianas e europeias”.
A União Italiana de Consumidores (UNC) celebrou a ação da Autoridade Antitruste contra a Philip Morris.
“Ótima notícia! Nossa batalha contra as multinacionais do tabaco, que insistem em promover produtos prejudiciais à saúde como se fossem ar puro e água doce, continua. O consumidor médio não deve ser induzido ao erro. Esperamos que esta investigação se conclua em breve com uma sentença severa”, afirmou Massimiliano Dona, presidente da entidade.
A Codacons, principal organização italiana de defesa dos direitos dos consumidores, também saudou a abertura da investigação e afirmou que há anos denuncia campanhas promocionais enganosas voltadas a cigarros de última geração.
(ANSA).