As pessoas que não se vacinaram contra o coronavírus na Itália não poderão ir ao cinema, teatro, shows ou grandes eventos esportivos, segundo as novas medidas restritivas que entraram em vigor a partir desta segunda-feira (6) para frear os contágios no Natal.

A península, assim como seus vizinhos europeus, enfrenta um surto de casos de coronavírus e adotou um novo pacote de medidas.

A única exceção à regra é para as pessoas que se recuperaram recentemente da covid-19, as quais também têm acesso ao chamado “super passaporte sanitário” que é concedido aos vacinados.

No entanto, existe um “passaporte sanitário básico”, que é obtido com um teste negativo, suficiente para acessar o local de trabalho.

O passaporte sanitário básico era exigido apenas para viajar de avião e nos trens de longa distância, mas agora também será exigido para o transporte local (ônibus, metrô e trens regionais).

Os controles começaram nesta segunda-feira de manhã nas estações de todo o país e no domingo foram entregues uma quantidade recorde de 1,3 milhão de passaportes sanitários.

Em Roma, perto da central Praça do Povo, um senhor de aproximadamente cinquenta anos, sem o documento, foi multado com 400 euros (450 dólares) ao descer do ônibus, segundo o jornal Il Corriere della Sera.

“Não tenho o certificado porque ainda não me vacinei, mas quero fazer isso nos próximos dias”, relatou.

Neste fim de semana entrou em vigor em Roma o uso obrigatório da máscara nas avenidas mais comerciais frequentadas pelas compras natalinas.

Itália, o primeiro país europeu gravemente afetado pela pandemia no início de 2020, registrou até agora mais de 134.000 mortes.

Mesmo que os casos tenham aumentado, a situação é melhor do que a dos países vizinhos, com uma média de entre 15.000 e 20.000 novos casos diários nos últimos dias.

Quase 85% dos maiores de 12 anos estão completamente imunizados. A campanha da terceira dose está em andamento e em breve estarão disponíveis as vacinas para crianças de 5 a 11 anos.